Esboço da Constituição do Egito preserva papel do exército na política
Internacional|Do R7
CAIRO, 30 Nov (Reuters) - A nova Constituição do Egito irá apoiar o papel dos militares e banir os partidos religiosos, de acordo com o esboço do texto concluído neste sábado, quase cinco meses depois que o exército depôs o presidente islâmico Mohamed Mursi.
A Constituição, que deve ser submetida a referendo em dezembro, é parte de uma transição política planejada pelo exército antes das eleições parlamentares e presidenciais no próximo ano.
"Nas primeiras horas da manhã, a assembleia (alcançou) um consenso geral em relação aos artigos da Constituição", disse seu presidente, o ex-líder da Liga Árabe Amr Moussa, em entrevista à imprensa.
A Assembleia Constituinte de 50 membros começou a votar para aprovar o texto, artigo por artigo. Assim que o processo for concluído, a assembleia irá submeter o documento ao presidente interino Adli Mansour, que estabelecerá uma data para o referendo.
O esboço final, visto pela Reuters, elimina as emendas inspiradas pelos islamitas que estavam na Constituição, aprovada por um referendo durante o ano de Mursi no poder.
A nova Constituição autoriza o Conselho Supremo das Forças Armadas a aprovar a escolha de um ministro da Defesa que serviria por oito anos a partir do momento que o texto se tornar lei.
O chefe do exército, o General Abdel Fattah al-Sisi depôs Mursi, da Irmandade Muçulmana, em 3 de julho. Sisi suspendeu a Constituição e uma assembleia foi nomeada para elaborar uma nova até 3 de dezembro.
(Por Asma Alsharif e Omar Fahmy)