Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Espiral de violência deixa ao menos 31 mortos na Faixa de Gaza

Seis crianças estão entre os mortos do lado palestino; Israel não teve baixas e culpa Jihad Islâmica por morte de menores

Internacional|Do R7, com informações da AFP

Sistema antimíssil de Israel atua para neutralizar foguete disparado de Gaza hoje
Sistema antimíssil de Israel atua para neutralizar foguete disparado de Gaza hoje Sistema antimíssil de Israel atua para neutralizar foguete disparado de Gaza hoje

Pelo menos 31 pessoas, incluindo 6 crianças, morreram na Faixa de Gaza desde que uma nova fase de confrontos eclodiu na sexta-feira (5) entre Israel e o grupo terrorista Jihad Islâmico. Neste domingo (7), pela primeira vez desde o início da escalada da violência, o grupo terrorista fez um lançamento de foguetes em direção a Jerusalém.

O braço armado da Jihad Islâmica disse hoje que disparou foguetes em direção a Jerusalém, logo após sirenes ressoarem perto da cidade.

"Recentemente, lançamos foguetes em direção a Jerusalém", anunciaram as Brigadas Al-Quds, braço armado do grupo palestino, em comunicado. O disparo, porém, foi interceptado pelo sistema de escudos antimíssil de Israel, assim como 97% dos projéteis lançados de Gaza, informou o Exército israelense.

Foi a primeira vez que projéteis foram disparados contra Jerusalém desde o início da escalada com Israel na Faixa de Gaza, a mais grave desde uma curta e sangrenta guerra no ano passado. No dia anterior, as sirenes de alerta já haviam soado na metrópole Tel Aviv, capital de Israel.

Publicidade

Leia também

Os ataques da Jihad Islâmica ocorrem quando centenas de israelenses comemoram em Jerusalém um feriado judaico, o dia de Tisha Beav, visitando a área religiosa mais sensível desse local sagrado, o complexo da mesquita Al-Aqsa, conhecido no judaísmo como o Monte do Templo.

Essa parte está localizada em Jerusalém Oriental, um setor ocupado e anexado por Israel, fonte de tensões frequentes e confrontos às vezes sangrentos.

Publicidade

Bombardeios e prisões

O Ministério da Saúde de Gaza informou hoje que 31 pessoas, incluindo 6 crianças, foram mortas desde sexta-feira em ataques israelenses, que também deixaram 253 feridos.

As autoridades israelenses refutaram essa informação, assegurando que várias crianças palestinas morreram na noite deste sábado (6) em Jabalia, ao norte de Gaza, por um lançamento de foguete fracassado da Jihad Islâmica contra Israel, e não por um lançamento de seu Exército.

Publicidade

Israel alega que seus ataques, lançados na sexta-feira de forma "preventiva" contra uma possível retaliação pela prisão de um líder da Jihad Islâmica na Cisjordânia, são dirigidos contra fábricas de armas daquele grupo armado.

O chefe da diretoria de operações do Exército israelense, Oded Basik, disse em um comunicado que a "principal liderança da ala militar da Jihad Islâmica em Gaza foi neutralizada".

Isso inclui Taysir al Jabari "Abu Mahmud", um dos principais líderes do grupo armado, morto em Gaza na sexta-feira, e Khaled Mansour, um comandante sênior, morto em um ataque em Rafah, confirmou a Jihad Islâmica.

Oito pessoas, incluindo um menino de 14 anos, foram mortas no ataque israelense em Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, segundo o Ministério do Interior de Gaza.

O Exército israelense disse neste sábado que "está se preparando para uma operação de uma semana". Segundo um porta-voz militar, "atualmente não há negociações visando um cessar-fogo".

Mas o primeiro-ministro Yair Lapid especificou que a operação continuará "enquanto for necessário".

Neste domingo, o Exército israelense também anunciou a prisão de 20 membros da Jihad Islâmica na Cisjordânia ocupada. Outros 20 militantes dessa organização já foram presos neste sábado, também na Cisjordânia.

Centenas de projéteis

No front, a troca de tiros continuou noite adentro na madrugada de sábado para domingo, segundo jornalistas que ficam em Gaza.

Esses confrontos são os piores entre Israel e as organizações armadas em Gaza desde a guerra de 11 dias em maio de 2021. Nesse conflito, 260 pessoas no lado palestino e 14 em Israel foram mortas, segundo as autoridades.

De acordo com um oficial israelense, cerca de 400 projéteis (incluindo foguetes e morteiros) foram lançados nas últimas 24 horas. A maioria foi interceptada pelo escudo antimíssil, disse o Exército, e duas pessoas ficaram levemente feridas por estilhaços, segundo os serviços de emergência.

As Brigadas Al-Quds confirmaram em comunicado ter disparado "uma forte barragem de foguetes" contra as cidades israelenses de Tel Aviv, Ashkelon, Ashdod e Sderot, antes de anunciarem, neste domingo, que também haviam disparado contra Jerusalém.

Na localidade de Nahal Oz, uma comunidade israelense ao longo da fronteira de Gaza, o morador Nadav Peretz disse que está "no abrigo antiaéreo ou perto dele" desde sexta-feira.

"Reconhecemos que do outro lado também há uma população civil que não está participando [das hostilidades], e de ambos os lados as crianças merecem aproveitar suas férias de verão", disse o homem de 40 anos.

Essa nova escalada já privou Gaza e seus 2,3 milhões de habitantes de sua única usina, que teve que fechar por falta de combustível, devido ao bloqueio das entradas do enclave por Israel desde a última terça-feira (2).

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.