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EUA comparecem às urnas para eleições que podem definir o futuro político de Biden e Trump

Presidente fez apelo para que o país 'defenda a democracia', e seu antecessor disse que fará um 'grande anúncio', que pode ser sua pré-candidatura à Casa Branca

Internacional|Do R7

Homem chega para votar durante eleições de meio de mandato na Geórgia, nos EUA
Homem chega para votar durante eleições de meio de mandato na Geórgia, nos EUA Homem chega para votar durante eleições de meio de mandato na Geórgia, nos EUA

Os americanos comparecem às urnas nesta terça-feira (8) para eleições legislativas que podem decidir o futuro político do presidente Joe Biden e do ex-presidente Donald Trump, que nas últimas horas de campanha insinuou uma possível candidatura para a disputa presidencial de 2024.

Biden fez um apelo para que o país "defenda a democracia" pouco antes de seu antecessor republicano anunciar que fará um "grande anúncio" no dia 15 de novembro, o que muitos analistas acreditam que será a pré-candidatura à Casa Branca.

As eleições nacionais nos Estados Unidos acontecem, como determina a tradição, na terça-feira posterior à primeira segunda-feira do mês de novembro.

As "midterms" (eleições de meio de mandato) definirão toda a Câmara de Representantes, um terço do Senado, vários governos estaduais e importantes cargos locais. Também acontecem referendos sobre o direito ao aborto em quatro estados: Califórnia, Vermont, Kentucky e Michigan.

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Depois de uma campanha difícil, que teve a inflação como tema central, os republicanos acreditam que retomarão a maioria no Congresso.

"Se você deseja dar um fim à destruição de nosso país e salvar o sonho americano, deve votar pelos republicanos", afirmou Trump, onipresente na campanha, durante um comício na última segunda-feira em Ohio, um dos redutos industriais do país.

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O milionário de 76 anos entende que uma vitória de republicanos que o apoiam nesta terça-feira pode representar o trampolim ideal para uma candidatura na eleição presidencial de 2024.

Inflação

Organizadas dois anos após a disputa presidencial, as eleições de meio de mandato sempre são consideradas um referendo sobre o governo.

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Poucas vezes o partido do presidente em exercício escapa do voto de castigo. Os democratas tentaram atrair até o fim da campanha o voto da esquerda e do centro, ao alegar que a oposição republicana é uma ameaça à democracia e às conquistas sociais, como o direito ao aborto.

"Nossa democracia está em perigo", declarou o presidente Joe Biden, de 79 anos, durante o comício de fim de campanha em Maryland, na segunda-feira à noite.

Mas a inflação (8,2% em média) permanece a principal preocupação dos americanos, e os esforços de Joe Biden para reivindicar o papel de "presidente da classe média" não parecem ter dado resultado.

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Perder o controle nas duas Câmaras do Congresso teria graves consequências para o presidente democrata, que já declarou ter a "intenção" de disputar a reeleição em 2024.

Na segunda-feira, Biden afirmou que estava "otimista" com o resultado da eleição, mas admitiu que manter a maioria da Câmara de Representantes será "difícil".

Como sinal do interesse dos americanos nas eleições, mais de 43 milhões de pessoas já haviam votado até segunda-feira à noite, de maneira antecipada ou pelo correio. Os resultados de algumas disputas mais acirradas podem demorar dias até o anúncio.

Duelos

Concretamente, as eleições de meio de mandato são definidas em alguns estados-chave, os mesmos da votação presidencial de 2020.

Todos os olhos estão voltados para a Pensilvânia, antigo reduto da indústria siderúrgica, onde o milionário cirurgião republicano Mehmet Oz, apoiado por Donald Trump, enfrenta o democrata John Fetterman, ex-prefeito de uma pequena cidade, pela cadeira mais disputada do Senado. O resultado desta eleição pode definir o equilíbrio de poder no Senado.

Assim como em 2020, a Geórgia também chama atenção. O democrata Raphael Warnock, o primeiro senador negro eleito nesse estado do sul com um forte passado segregacionista, tenta a reeleição contra Herschel Walker, afro-americano e ex-jogador de futebol americano, que tem o apoio de Trump.

Arizona, Ohio, Nevada, Wisconsin e Carolina do Norte também são cenário de disputas acirradas entre os democratas e candidatos apoiados por Donald Trump, que juram lealdade absoluta ao ex-presidente.

As campanhas custaram centenas de milhões de dólares e transformaram essas eleições de meio de mandato nas mais caras da história dos Estados Unidos.

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