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EUA convocam embaixador da China por ações 'irresponsáveis' sobre Taiwan

Governo chinês lançou as maiores manobras militares em torno da ilha na história após a visita de Nancy Pelosi à região

Internacional|

Forças Armadas da China realizam exercícios militares com mísseis perto da costa de Taiwan
Forças Armadas da China realizam exercícios militares com mísseis perto da costa de Taiwan Forças Armadas da China realizam exercícios militares com mísseis perto da costa de Taiwan

A Casa Branca convocou o embaixador da China em Washington para condenar o comportamento "irresponsável" de Pequim sobre Taiwan, informou um funcionário americano nesta sexta-feira (5).

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, disse que o embaixador Qin Gang foi convocado pela demonstração de poder militar da China perto de Taiwan em resposta à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha, que Pequim considera uma província rebelde.

Kirby, que classificou as ações chinesas de "provocadoras", não especificou quem se reuniu com o embaixador.

A China anunciou nesta sexta-feira a suspensão de sua cooperação com os Estados Unidos em vários âmbitos, como mudança climática e defesa. O governo chinês realiza desde esta quinta-feira (4) enormes manobras militares em torno de Taiwan, as maiores até hoje.

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"Condenamos as ações militares da República Popular da China, que são irresponsáveis, contrárias a nosso objetivo de longa data de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", disse Kirby.

"Deixamos claro para o embaixador que as ações de Pequim são motivo de preocupação para Taiwan, para nós e para nossos parceiros em todo o mundo", acrescentou, além de destacar o incômodo do G7, grupo que reúne as maiores economias industrializadas do Ocidente, e do bloco regional asiático Asean.

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"Por último, deixamos claro mais uma vez, como fizemos em privado no mais alto nível e publicamente: nada mudou em nossa política de Uma só China", disse Kirby.

O porta-voz se referia à postura dos Estados Unidos de reconhecer apenas a posição chinesa de que Taiwan é parte da China. Isso permite que as duas partes encontrem uma solução, mas se opõe a qualquer uso da força para modificar o status quo.

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Pequim insiste que Taiwan é parte da China e quer uma reunificação, se necessário mediante o uso da força. O atual partido governante de Taiwan, por sua vez, prometeu defender a soberania da ilha.

"Também deixamos claro que os Estados Unidos estão preparados para o que Pequim decidir fazer. Não vamos atrás nem queremos uma crise", disse o porta-voz.

Contudo, "ao mesmo tempo, isso não vai nos dissuadir de operar nos mares e céus do Pacífico Ocidental, em conformidade com o direito internacional, como fizemos durante décadas, apoiando Taiwan e defendendo uma região do Pacífico livre e aberta".

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