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EUA: maioria de crianças brasileiras está na jurisdição de Chicago

Cônsul-geral adjunto do Brasil em Houston disse ao R7 que reunião das famílias continua lenta. Temer ofereceu avião no início da semana

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7

Famílias são separadas na fronteira entre EUA e México
Famílias são separadas na fronteira entre EUA e México Famílias são separadas na fronteira entre EUA e México

Das 51 crianças brasileiras separadas dos pais depois de terem entrado ilegalmente nos Estados Unidos, mais da metade se encontra sob responsabilidade do consulado-geral do Brasil em Chicago. A informação foi confirmada ao R7 pelo cônsul-geral adjunto do Brasil em Houston, Felipe Santarosa.

O departamento de Chicago abrange as jurisdições dos estados de Illinois, Indiana, Iowa, Michigan, Minnesota, Missouri, Nebraska, Dakota do Norte, Dakota do Sul e Wisconsin, na porção nordeste do país — a mais de 2.400 km da fronteira com o México. 

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“Há ainda oito crianças aqui no Texas, sob responsabilidade do consulado em Houston; mais algumas na Califórnia e no Arizona, sob responsabilidade do consulado-geral do Brasil em Los Angeles; duas na Flórida, sob responsabilidade do consulado-geral em Miami; e uma sob responsabilidade do consulado de Nova York. Não há meninos e meninas sob responsabilidade dos consulados-gerais em Atlanta, Boston, Hartford, São Francisco e Washington”, afirma Santarosa.

Em contato com o R7, os consulados do Brasil em Atlanta e Washington confirmaram não haver, no momento, registro de crianças do Brasil sob sua jurisdição. O R7 tentou levantar os números junto ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

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Reunião continua lenta

No início da semana, o juiz norte-americano Dana Sabraw, da Califórnia, decidiu que agentes de imigração dos Estados Unidos não podem mais separar pais imigrantes de seus filhos quando detidos por cruzarem ilegalmente a fronteira com o México. Sabraw ainda determinou que o governo reúna pais com seus filhos menores de cinco anos dentro de 14 dias, e crianças de 5 anos ou mais dentro de 30 dias a partir da decisão. A impressão de Santarosa, entretanto, é de que os procedimentos de reunificação das famílias não foram acelerados.

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“No dia a dia de trabalho, não temos percebido nenhuma movimentação no sentido de acelerar os processos. Os procedimentos seguem como sempre foram — bastante burocráticos, e nós seguimos tentando reunir as famílias, mas no mesmo prazo de sempre. Quando o pai ou mãe é solto, tem que comparecer ao abrigo, levar documentos comprovando parentesco, ir ao centro de imigração, escanear suas digitais. Mesmo outras pessoas que vão morar na mesma casa que a criança depois que ela sai do abrigo têm suas digitais tomadas”, diz o cônsul.

Santarosa ainda completa que não existe uma média de demora para a reunião das famílias depois que os pais são soltos: “Depende de cada caso, dos procedimentos burocráticos. Na minha jurisdição, uma mãe foi solta já há mais de uma semana e até agora não foi reunida com seu filho”.

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Temer oferece avião

Nesta terça-feira (26), o presidente Michel Temer declarou em reunião com o vice-presidente americano Mike Pence que pode enviar um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para trazer ao Brasil as crianças brasileiras que se encontram em abrigos nos Estados Unidos. Temer declarou que reconhece a necessidade de Trump de cumprir suas promessas de campanha e diz que respeita a legislação americana, e completou que a questão [das crianças imigrantes] é de "grande preocupação" do governo brasileiro.

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