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Exército ucraniano admite situação 'extremamente tensa' em Bakhmut, cidade cercada pela Rússia

Cidade virou um símbolo da luta pelo controle do Donbass e Zelenski prometeu resistir 'pelo tempo que for necessário'

Internacional|

Cidade virou um símbolo da luta pelo controle da região do Donbass, no Leste da Ucrânia
Cidade virou um símbolo da luta pelo controle da região do Donbass, no Leste da Ucrânia Cidade virou um símbolo da luta pelo controle da região do Donbass, no Leste da Ucrânia

O Exército ucraniano admitiu, nesta terça-feira (28), uma situação "extremamente tensa" em Bakhmut, onde as tropas russas tentam fechar o cerco para conquistar essa cidade do leste devastada por semanas de bombardeios.

Desde o verão (hemisfério norte, inverno no Brasil), as tropas de Moscou tentam tomar Bakhmut, uma cidade que virou um símbolo da luta pelo controle da região do Donbass (leste).

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse em seu discurso diário à nação que "a maior dificuldade, como antes, é Bakhmut (...). A Rússia não conta suas tropas, ela as envia constantemente para atacar nossas posições. A intensidade de a luta está aumentando constantemente".

Quando visitou a região em dezembro, Zelenski prometeu defender a cidade "pelo tempo que for necessário".

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"A situação ao redor de Bakhmut é extremamente tensa. Apesar de sofrer baixas significativas, o inimigo enviou as unidades de ataque mais bem preparadas (do grupo paramilitar) Wagner para tentar romper as defesas das nossas tropas e cercar a cidade", reconheceu o comandante das forças terrestres da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi.

O fundador do grupo Wagner, Yevgueny Prigozhin, anunciou no sábado (25) a tomada por seus combatentes da localidade de Yahidne, na periferia norte de Bakhmut. Em janeiro, os russos controlaram Soledar e, em fevereiro, Krasna Gora, também no norte.

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Nas últimas semanas, as tropas russas avançaram lentamente em direção à cidade industrial, que tinha 70 mil habitantes antes da invasão, que começou em 24 de fevereiro de 2022.

Os russos cortaram três das quatro rodovias de abastecimento das tropas ucranianas. Agora, resta como via de saída apenas a estrada que segue para Chasiv Yar, 15 km ao oeste.

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'Estamos aqui'

Bakhmut foi destruída em larga escala pelos combates. O governador da região de Donetsk (leste), Pavlo Kyrylenko, anunciou em meados de fevereiro que pelo menos 5 mil civis, incluindo 140 menores de idade, permaneciam na cidade, apesar do perigo dos combates.

Zelenski admitiu na segunda-feira que a situação das tropas do país na região de Bakhmut está "cada vez mais complicada".

Ontem, os militares ucranianos presentes na cidade entrevistados pela AFP declararam, no entanto, que não perdem o moral.

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"Não podemos saber toda a situação operacional, mas estamos aqui, não fugimos", disse um soldado de 44 anos, identificado apenas como "Kai".

"Não apenas Bakhmut, também vamos recuperar a Crimeia e tudo mais", acrescentou "Ded", 45 anos.

O soldado "Fox" destacou, por sua vez, a falta de munições e de homens e foi pessimista: "Acho que, muito provavelmente, Bakhmut vai cair".

Drones na Rússia

Nesta terça, autoridades russas informaram que um drone ucraniano caiu a cerca de 100 km de Moscou, perto de uma estação de compressão de gás. Outros três drones foram derrubados em outras partes do país, sem causar danos.

Nos últimos meses, houve vários incidentes com drones em território russo, embora seja a primeira vez que ocorre na região da capital.

A batalha de Bakhmut e esses incidentes ocorrem quando a guerra na Ucrânia acaba de entrar em seu segundo ano.

Kiev pede, insistentemente, para ingressar na Otan, ao que o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, respondeu nesta terça-feira que a ex-república soviética se tornaria um de seus membros, mas "a longo prazo".

Na frente diplomática, a China, até então pouco engajada no conflito, apresentou na semana passada uma proposta de 12 pontos para uma "solução política", incitando o diálogo entre russos e ucranianos.

Embora os aliados ocidentais tenham recebido esse plano de Pequim com ceticismo, o presidente Zelenski disse estar disposto a "trabalhar" com a China e anunciou sua intenção de se encontrar com seu homólogo Xi Jinping.

Já para o Kremlin, as condições para uma solução "pacífica" do conflito não existem "por enquanto".

Um dos principais aliados de Moscou, o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, chegou a Pequim nesta terça-feira para uma visita incomum, que incluirá um encontro com Xi Jinping.

Imagens contam história de um ano de guerra na Ucrânia

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