A família do suposto autor do tiroteio na cidade de Utrecht, na Holanda, que deixou três mortos e cinco feridos na segunda-feira (18), considera "pequena" a probabilidade que a motivação seja terrorista, informou a agência oficial turca Anadolu, nesta terça.
"A possibilidade de que tenha sido um ataque terrorista é pequena", afirmou Mahmut Tanis, tio de Gökmen Tanis, o homem de 37 anos, nascido na Turquia e detido na Holanda como o principal suspeito do múltiplo assassinato, e opinou que a causa pode estar relacionada com "assuntos familiares".
De acordo com testemunhas, o suspeito tirou uma pistola e começou a disparar contra uma mulher que viajava no bonde.
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O ato é investigado pela polícia holandesa, que não descartou nenhuma hipótese até agora.
O pai do detido, Mehmet Tanis, que vive na cidade de Kayseri (Turquia), declarou aos veículos de imprensa que há anos não tem notícias do filho.
"Não tenho falo com meu filho há 11 anos. Nós não falamos. Se ele fez isso, deve pagar. Não tenho informações sobre seu estado psicológico durante o ataque", disse, em declarações divulgadas pela agência Demiroren.
Os serviços de inteligência turcos também estão investigando o tiroteio, disse o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan.
Ancara condenou "energicamente" o ataque "independentemente da identidade do autor e sua motivação", afirmou o Ministério das Relações Exteriores turco em comunicado divulgado ontem à noite em seu site.
"Diante deste ataque, nos solidarizamos plenamente com o povo e o governo holandeses", acrescentou a nota.