Fenômeno El Niño já está em curso, informa agência dos Estados Unidos
Regiões do planeta podem enfrentar temperaturas recordes e fortes tempestades, diz climatologista
Internacional|Do R7
O fenômeno meteorológico El Niño, com consequências para todo o planeta, já começou e deve “se fortalecer gradualmente” nos próximos meses, informou nesta quinta-feira (8) a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).
O El Niño é caracterizado pelo aquecimento da superfície do Oceano Pacífico oriental equatorial e ocorre a cada dois a sete anos, em média.
“Dependendo de sua força, o El Niño pode causar uma variedade de impactos, incluindo o aumento do risco de chuvas fortes e secas em algumas partes do mundo”, disse a climatologista da NOAA, Michelle L'Heureux, acrescentando que também pode causar temperaturas recordes.
“As mudanças climáticas podem exacerbar ou mitigar certos impactos relacionados ao El Niño. Por exemplo, o El Niño pode gerar novos recordes de temperatura”, explicou.
Em maio, a OMM (Organização Meteorológica Mundial) previu que o período 2023-2027 será o mais quente já registrado na Terra, sob o efeito combinado do El Niño e do aquecimento global causado pelas emissões de gases de efeito estufa.
O fenômeno oposto, La Niña, que tende a provocar a queda das temperaturas, chegou há três anos.
El Niño tende a moderar a atividade dos furacões no Atlântico, mas a favorece no Pacífico, segundo a NOAA.
A Austrália alertou esta semana que o El Niño aumentará as temperaturas em um país já vulnerável a incêndios florestais.
A influência do fenômeno nos Estados Unidos é fraca durante o verão, mas mais pronunciada do final do outono até a primavera, afirma a NOAA em seu comunicado.