Grupo em rede social vende vídeos de mulheres atendidas em maternidade na Índia
Hospital não soube dizer o motivo de câmeras terem sido instaladas em sala que deveria zelar pela privacidade das pacientes
Internacional|Do R7

Pelo menos sete vídeos de pacientes que estavam sendo atendidas em um hospital maternidade em Gujarat, na Índia, estavam sendo vendidas por um grupo nas redes sociais. O caso veio à tona na última segunda-feira (17) e causou revolta no país.
O material subiu em um canal na internet e era vendido em um aplicativo de mensagens. Segundo a polícia, para se ter acesso aos vídeos, era preciso pagar entre 999 e 1.500 rúpias (entre R$ 65 e R$ 98, aproximadamente).
Leia mais
Na rede social, era usado a imagem de uma mulher participando de um tradicional festival indiano em uma tentativa de driblar as restrições e atrair os usuários.
Na descrição do vídeo, havia um link que direcionava para o Telegram, onde era indicado que se deveria pagar para assistir ao material.
A polícia indiana diz que os vídeos mostram mulheres sendo examinadas em uma sala fechada por uma médica ou recebendo injeção de uma enfermeira.
Em uma investigação preliminar, descobriu-se que o grupo no aplicativo de mensagem, que contava com mais de 90 membros, foi criado em setembro, enquanto o canal no Youtube foi lançado em janeiro.
O hospital maternidade alegou que o seu sistema de câmeras de segurança pode ter sido hackeado. “Alguém deve ter acessado nossos vídeos ilegalmente. Não fizemos nada de errado e cooperaremos totalmente com a investigação policial”, disseram autoridades do hospital.
No entanto, a maternidade não soube explicar por que câmeras de segurança estavam instaladas em uma sala que deveria zelar pela privacidade de mulheres que eram atendidas.