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'Absolutamente histórico': Holanda e Dinamarca se comprometem a enviar caças F-16 à Ucrânia

Aviões militares são altamente manobráveis e aptos a operar em todas as condições meteorológicas e de luminosidade

Internacional|Do R7

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, senta em um caça F-16 em uma base aérea da Dinamarca
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, senta em um caça F-16 em uma base aérea da Dinamarca

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, viajou neste domingo (20) para a Dinamarca após passar pela Holanda, onde agradeceu a "histórica" decisão de ambos os países de enviar caças F-16 americanos a Kiev, depois que os Estados Unidos deram sinal verde para a entrega.

Caças F-16 são aviões militares altamente manobráveis e aptos a operar em todas as condições meteorológicas e de luminosidade.

Zelensky chegou por volta das 16h30 (horário local; 11h30 em Brasília) a uma base da Força Aérea Dinamarquesa em Skrydstrup, no leste, como constatado por dois jornalistas da AFP.

Ele foi recebido pela primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, pelo ministro de Relações Exteriores, Lars Løkke Rasmussen, e pelo ministro da Defesa, Jakob Ellemann-Jensen.


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Durante a visita, os líderes examinaram os caças F-16 e avaliaram o início do treinamento para pilotos ucranianos, conforme divulgado pelo gabinete da primeira-ministra.

"Sabemos que eles precisam de mais [equipamento militar] e, por isso, vamos doar 19 caças F-16 à Ucrânia", anunciou Frederiksen em uma coletiva de imprensa com Zelensky.


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As aeronaves serão entregues gradualmente a Kiev: seis até o fim do ano, oito no próximo ano e cinco no ano seguinte, disse a chefe de governo.

"Este é um apoio muito poderoso para nós", afirmou Zelensky na mesma coletiva de imprensa.

"O apoio da Dinamarca à Ucrânia é inabalável e, com a doação dos caças F-16, a Dinamarca está mostrando o caminho a seguir", disse o ministro da Defesa dinamarquês em um comunicado.

Horas antes, o presidente ucraniano havia visitado uma base da Força Aérea neerlandesa em Eindhoven, no sul dos Países Baixos.

No sábado, ele passou pela Suécia, onde conversou com o primeiro-ministro Ulf Kristersson sobre o acesso a um novo pacote de ajuda, incluindo a produção conjunta de tanques leves suecos CV90.

'Absolutamente histórico'

As autoridades ucranianas vinham solicitando a entrega de caças ocidentais para enfrentar as forças de Moscou desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

A entrega dessas aeronaves é algo "absolutamente histórico, poderoso e motivador para nós. Este é mais um passo para o fortalecimento do escudo aéreo da Ucrânia", afirmou Zelensky em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte.

Rutte afirmou que os Países Baixos atualmente possuem 42 aeronaves desse tipo, mas que precisará conversar com seus parceiros internacionais antes de decidir o número exato que será doado a Kiev.

Washington já havia autorizado na sexta-feira esses dois países da Otan a transferir os caças de fabricação americana para as forças armadas ucranianas.

O primeiro-ministro neerlandês especificou que "os Países Baixos e a Dinamarca se comprometem a enviar F-16 para a Ucrânia, uma vez que as condições necessárias sejam atendidas", referindo-se em particular ao treinamento de pilotos ucranianos.

Uma coalizão de 11 países da Otan iniciou o treinamento em agosto. De acordo com as previsões, eles estarão prontos para pilotar os caças no início de 2024.

Ataques com drones na Rússia

A visita de Zelensky aos Países Baixos aconteceu um dia depois que um bombardeio russo matou pelo menos sete pessoas e feriu mais de 140 na cidade de Chernigov, no norte da Ucrânia.

O Exército ucraniano respondeu com uma série de ataques de drones, sem causar vítimas mortais, contra Moscou e as regiões russas de Kursk (oeste) e Rostov, perto da fronteira com a Ucrânia. Segundo o Ministério da Defesa russo, os ataques foram neutralizados.

Os ataques ucranianos com drones aumentaram significativamente nos últimos meses, depois que Kiev lançou uma contraofensiva em junho.

A Ucrânia reivindicou algumas "vitórias" na semana passada, mas, no geral, a contraofensiva avança lentamente.

Em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, um homem morreu após ser atingido por dois artefatos explosivos russos enquanto caminhava pela rua, de acordo com autoridades militares locais. Outras 11 pessoas ficaram feridas por disparos de artilharia no centro de Kupiansk.

Por outro lado, também neste domingo, ocorreram manifestações em várias cidades europeias, como Varsóvia, Bruxelas, Praga, Londres e Tallin, em apoio ao opositor russo detido Alexei Navalny, para marcar os três anos do seu envenenamento em Tomsk, na Rússia, pelo qual o Kremlin é acusado.

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