Homem morto em aeroporto em Paris planejava "morrer por Alá", diz promotor
Agressor tentou roubar um rifle numa aparente tentativa de atirar em passageiros no sábado (18)
Internacional|Do R7

Um homem morto a tiros por soldados no aeroporto de Orly, em Paris, no sábado (18), gritou que estava no local para "morrer por Alá" e tentou roubar um rifle de assalto, numa aparente tentativa de abrir fogo contra passageiros, disseram promotores.
O mais recente de uma série de ataques na França forçou o esvaziamento do segundo aeroporto mais movimentado do país e intensificou a presença do tema da segurança na agenda antes da eleição presidencial francesa.
O agressor, identificado como Ziyed Ben Belgacem, chegou ao aeroporto de Orly na manhã de sábado, soltou uma mala que continha uma lata de combustível e agarrou uma mulher integrante da Força Aérea, que era parte de uma patrulha que estava no aeroporto, disse o promotor de Paris François Molins.
Homem é morto a tiros após roubar arma de militar em aeroporto de Orly, em Paris
Usando a militar como escudo, ele colocou uma pistola contra a cabeça dela e gritou aos demais soldados que estavam com ela: "Baixem suas armas. Baixem suas cabeças. Estou aqui para morrer por Alá. Em qualquer caso, haverá mortes".
Os outros soldados então dispararam e mataram Belgacem.
Molins disse que o agressor, que tentou roubar o rifle de assalto da militar, parecia disposto a realizar um ataque grave.
— Dada a violência mostrada nas imagens... você sente que ele estava determinado a fazer isso. Tudo leva a crer que ele queria roubar o rifle para que houvesse mortes e para que ele disparasse contra as pessoas.
Junto ao corpo do agressor, a polícia encontrou uma edição do Al Corão e 750 euros. Na casa dele, foram encontrados vários gramas de cocaína, um facão e moeda estrangeira, disse Molins.
Os promotores estão investigando uma série de crimes relacionados ao terrorismo, inclusive tentativa de homicídio.
A escolha do alvo feita por Belgacem e as evidências de que ele tenha se radicalizado justificam o lançamento de uma investigação sobre terrorismo, disse Molins.