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Hungria e Polônia rejeitam política imigratória da UE e exigem mais voz

Internacional|Do R7

Por Marcin Goclowski e Krisztina Than

BUDAPESTE (Reuters) - A política imigratória da União Europeia fracassou, disse o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, nesta quarta-feira, quando ele e seu colega polonês exigiram mais voz no futuro do bloco.

Orban e o premiê da Polônia, Mateusz Morawiecki, comandam governos conservadores criticados por Bruxelas devido à sua recusa em aceitar a cota de imigrantes que lhes cabe e seus esforços para endurecer o controle estatal sobre os tribunais e a mídia.

"Em termos de imigração e das cotas que deveriam ser impostas a países-membros (da UE), rejeitamos fortemente tal abordagem, já que ela viola decisões soberanas de Estados-membros", disse Morawiecki em uma coletiva de imprensa conjunta depois de conversar com Orban em Budapeste.


Ecoando essa posição, Orban disse: "A política imigratória da UE... fracassou."

"Queremos ter uma voz forte, como estes países (da Europa Central) têm uma visão sobre o futuro da Europa", acrescentou o líder húngaro, que deve conquistar mais um mandato de quatro anos em uma eleição marcada para abril.


Orban liderou as críticas de ex-nações comunistas do centro e do leste europeus à decisão tomada pela chanceler alemã, Angela Merkel, de abrir as portas da Alemanha em 2015 a mais de um milhão de imigrantes e refugiados majoritariamente muçulmanos que fugiam de conflitos na Síria, no Iraque e além.

Morawiecki, ex-ministro das Finanças que assumiu como premiê no mês passado, disse que os países da Europa Central também adotarão uma postura comum nas negociações iminentes a respeito do próximo orçamento de sete anos da UE, que entra em vigor em 2021.

As ex-nações comunistas da Europa Central são receptoras de fundos líquidos da UE, e a Polônia --a maior economia da região-- é a que mais se beneficia. Países mais ricos do oeste do bloco, como a Alemanha, querem manter um controle rígido sobre as despesas, especialmente tendo em vista a desfiliação do Reino Unido, um dos doadores do bloco, em 2019.

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