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Irã celebra início de "nova era" com negociação nuclear na ONU

Internacional|Do R7

DUBAI, 24 Set (Reuters) - A reunião entre os principais diplomatas do Irã e potências mundiais na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta semana vai marcar o começo de uma "nova era" nos esforços para acabar com a disputa entre a República Islâmica e o Ocidente sobre o programa nuclear de Teerã, disse o Ministério das Relações Exteriores do Irã nesta terça-feira.

A chancelaria, no entanto, não indicou quaisquer concessões por parte do Irã.

A União Europeia disse na segunda-feira que o chanceler iraniano, Javad Zarif, vai participar de uma reunião das principais potências --incluindo Grã-Bretanha, França, China, Rússia, Estados Unidos e Alemanha-- para discutir o programa nuclear iraniano.

O encontro, previsto para quinta-feira e que deve incluir o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, será o encontro de mais alto nível envolvendo os dois países desde que as relações foram cortadas em 1980, no auge da crise dos reféns na embaixada dos EUA em Teerã.


"Essas conversas são o início de uma nova era. A República Islâmica expôs explicitamente seus pontos de vista em relação a seus direitos à energia nuclear para fins pacíficos e ao direito de enriquecer (urânio) em território iraniano", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Marzieh Afkham, em entrevista coletiva, segundo a agência de notícias Mehr.

"Esta reunião representa um sério compromisso das partes estrangeiras para alcançar uma solução baseada em um determinado espaço de tempo."


Antes de partir para Nova York na segunda-feira, o recém-eleito presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse que queria apresentar a "verdadeira face" do Irã e buscar negociações e cooperação com o Ocidente para encerrar a disputa nuclear.

Segundo autoridades dos EUA, é possível um encontro esta semana entre o presidente Barack Obama e Rouhani. Ambos irão discursar nesta terça-feira na Assembleia-Geral da ONU.


Os Estados Unidos e seus aliados impuseram sanções econômicas duras ao Irã por suspeitas de que o país esteja buscando a capacidade de armas nucleares. O Irã alega que seu programa atômico tem apenas fins pacíficos.

(Reportagem de Marcus George)

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