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Irã confirma enriquecimento de urânio a 20% e nega fim do acordo

Autoridades do país confirmaram que produção do elemento enriquecido não significa a morte do acordo nuclear de 2015

Internacional|Da EFE

Retomada do enriquecimento é a violação mais grave do acordo nuclear de 2015
Retomada do enriquecimento é a violação mais grave do acordo nuclear de 2015 Retomada do enriquecimento é a violação mais grave do acordo nuclear de 2015

Autoridades do Irã confirmaram nesta terça-feira (5) que o país já produz urânio enriquecido com 20% de pureza, mas insistiram que este passo "não significa a morte" do acordo nuclear assinado em 2015, por ser reversível.

Leia também: O que significa a volta do enriquecimento de urânio a 20% pelo Irã

O porta-voz da Organização de Energia Atômica do Irã, Behrouz Kamalvandi, informou que "em 12 horas e em um nível estável" foi concluída a operação para enriquecer urânio a essa pureza na usina subterrânea de Fordo.

"Em 2010, produzimos combustível a 20%, esta capacidade não é nova. Temos a capacidade de enriquecer acima dos 20% facilmente e atualmente estamos estudando isso", disse o porta-voz à televisão estatal.

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O Irã anunciou na véspera o início do processo para enriquecer urânio com essa pureza, tal como ordenado por uma lei recentemente aprovada pelo Parlamento. Segundo o acordo nuclear, o país islâmico deve manter o procedimento em um nível de 3,67%, que já foi ultrapassado em 2019, mas apenas até 4,5%.

O vice-ministro das Relações Exteriores iraniano e negociador nuclear, Abbas Araghchi, comentou que "o enriquecimento de 20% foi uma das questões mais importantes do programa nuclear iraniano" e que seria dedicado um reator de pesquisa destinado à produção de radiofármacos.

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Quanto à possibilidade de alcançar uma pureza mais elevada, Aragchi reconheceu que existe "a capacidade" no país, mas que as medidas são tomadas de acordo com as necessidades internas.

"Não acreditamos nas armas nucleares, elas não têm lugar nas nossas relações defensivas", declarou em entrevista televisionada, respondendo à preocupação da comunidade internacional.

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O acordo, assinado em 2015 entre Irã e Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha, limita o programa atômico iraniano em troca da atenuação das sanções internacionais contra o país islâmico.

O Irã começou a violar as suas obrigações em 2019, um ano após os EUA se retirarem do pacto e adotarem novamente duras sanções contra o país. Aragchi frisou que "o enriquecimento a 20% não significa a morte do acordo, mas uma reação à falta de empenho da outra parte".

Além disso, lembrou que a suspensão das sanções é "um pilar do acordo" e, consequentemente, pediu aos demais signatários, especialmente os países europeus, a cumprirem as suas obrigações, e os EUA a voltarem ao acordo e a eliminarem as sanções.

"A forma de manter o acordo não é exercer pressão sobre o Irã. Se a outra parte voltar às suas obrigações, temos também a capacidade de voltar aos nossos compromissos", disse Aragchi.

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