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Irã tem protestos contra o governo por 'mentir' sobre queda de avião

Indignação contra a morte de 176 pessoas que estavam na aeronave motiva manifestações contra o governo e o regime do aiatolá Ali Khamenei

Internacional|Do R7, com Reuters

Iranianos protestam contra o governo após admissão de culpa por queda de avião
Iranianos protestam contra o governo após admissão de culpa por queda de avião Iranianos protestam contra o governo após admissão de culpa por queda de avião

Diversos grupos de iranianos foram às ruas neste sábado (12) em protestos contra o governo do Irã, logo após o anúncio oficial de que o avião da Ukranian Airlines foi derrubado por um míssil disparado pelas defesas antiaéreas do país. As Forças Armadas do Irã afirmam que o disparo de um míssil contra a aeronave civil foi um engano.

A queda do avião nos arredores de Teerã na quarta-feira, horas após o Irã atacar bases dos Estados Unidos no Iraque, provocou a morte de 176 pessoas, sendo 82 de nacionalidade iraniana.

De acordo com a agência iraniana Fars, estudantes haviam marcado uma vigília em memória das vítimas da explosão do Boeing 737 da Ukranian Airlines, mas a disposição dos grupos reunidos nas universidades mudou rapidamente com o anúncio do governo sobre o míssil disparado contra a aeronave.

A agência, amplamente vista como próxima à Guarda, publicou fotografias das manifestações e um cartaz destruído de Soleimani. Segundo a Fars, cerca de 700 a 1.000 pessoas participaram do protesto.

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Manifestantes pedem renúncia de Khamenei

Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível ver grupos de dezenas e até centenas de iranianos em diferentes pontos de Teerã, especialmente em universidades, com palavras de ordem que pedem a renúncia do presidente Hassan Rohani e até a saída do país do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.

Em frente à Universidade Amir Khabir, os manifestante, em sua maioria estudantes, pedem a "morte do regime" de Khamenei. A ONG que publica o vídeo no Twitter comenta na legenda que "há cinco anos, as pessoas protestam contra o governo por mentir e matar, contra a repressão e a corrupção".

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A jornalista Masih Alinejad registrou, também no Twitter, que as palavras de ordem contra o governo "ficam cada vez mais fortes". "Comandante supremo, renuncie! Renuncie!"

Vários dos registros no Twitter informam que houve mobilização de um grande número de policiais anti-motim e gás lacrimogêneo foi disparado em alguns dos pontos de aglomeração de manifestantes.

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O Irã é governado por grupos político-religiosos desde 1979, quando a chamada Revolução Iraniana transformou o país em uma República Islâmica. O regime teocrático tem como líder supremo o aiatolá e também um presidente, formalmente eleito, mas ligado aos religiosos islâmicos.

Constraste com funeral de Soleimani

Os protestos deste sábado contrastam com os massivos atos durante o funeral do general Qasem Soleimani, morto em um ataque com drones dos EUA em território iraquiano.

Dezenas de milhares de pessoas acompanharam o cortejo e o enterro de Soleimani, que antecedeu em questão de minutos o ataque iraniano a bases dos EUA no Iraque. A multidão chamava Solemaini, que era o principal comandante das Forças Quds, a elite da Guarda Revolucionária do Irã, de herói.

Nos protestos de sábado, os militares e os líderes religiosos são chamados de assassinos e imagens de Soleimani estão sendo rasgadas pelos manifestantes.

EM VÍDEO: Governo do Irã assume que derrubou avião ucraniano por engano

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