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Iraquianos protestam para exigir retirada militar dos EUA

Assassinato de general Soleimani despertou insatisfação da população contra americanos. Protestos começaram forte mas dispersaram depois de horas

Internacional|

Manifestantes pedem saída dos EUA do Irã
Manifestantes pedem saída dos EUA do Irã Manifestantes pedem saída dos EUA do Irã

Milhares de iraquianos se reuniram em dois cruzamentos no centro de Bagdá, nesta sexta-feira (24), depois que um clérigo proeminente pediu um "milhão de fortes" protestos contra a presença militar norte-americana, por causa dos assassinatos de um general iraniano e de um chefe da milícia iraquiana pelos Estados Unidos.

A marcha inicial parecia ter perdido ritmo, com grande parte se dissipando após várias horas. Alguns se juntaram a manifestantes antigovernamentais na Praça Tahrir, em Bagdá, e outros entraram em ônibus para ir para casa.

O protesto convocado por Moqtada al-Sadr teve como objetivo pressionar pela retirada das tropas norte-americanas. Muitos manifestantes antigovernamentais temiam que isso pudesse ofuscar seus atos de meses que têm desafiado o poder dos grupos xiitas apoiados pelo Irã.

O principal clérigo xiita muçulmano do Iraque, Grande Aiatolá Ali al-Sistani, pediu mais tarde em seu sermão semanal para grupos políticos formarem um novo governo o mais rápido possível para trazer estabilidade ao país e promulgar reformas para melhorar a vida dos iraquianos.

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Contra interferência internacional

Sadr, que comanda milhões de pessoas nas vastas favelas de Bagdá, se opõe a toda interferência estrangeira no Iraque, mas recentemente se alinhou mais com o Irã, cujos aliados dominam instituições estatais desde uma invasão liderada pelos EUA em 2003.

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Sadr apoiou protestos antigovernamentais quando começaram em outubro, mas não pediu publicamente que seus seguidores se juntassem a eles.

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Desde então, as manifestações visam todos os grupos e figuras que fazem parte do sistema pós-2003, incluindo Sadr, que, apesar de frequentemente considerado um estranho, faz parte desse sistema, comandando um dos dois maiores blocos do Parlamento.

"Nós queremos todos eles fora - América, Israel e os políticos corruptos do governo", disse Raed Abu Zahra, funcionário da saúde na cidade de Samawa, no sul, que chegou de ônibus à noite e ficou no vasto distrito de Bagdá controlada pelos seguidores do clérigo.

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"Também apoiamos os protestos em Tahrir, mas entendemos por que Sadr realizou esse protesto aqui para que não tire a atenção deles", acrescentou.

Homens e mulheres marcharam agitando as cores vermelho, branco e preto e gritaram slogans contra os Estados Unidos, que lideram uma coalizão militar contra os militantes do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

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