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Irmão de sócio de 'El Chapo' detalha operações do cartel de Sinaloa

Jesús García Zambada disse que o irmão Ismael era parceiro de Chapo no tráfico e contou como era feito o tráfico de cocaína para os EUA

Internacional|Fábio Fleury, do R7


Julgamento teve primeiro depoimento nesta quarta
Julgamento teve primeiro depoimento nesta quarta

No segundo dia de audiências do julgamento do traficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán, em Nova York, as operações do cartel de Sinaloa foram detalhadas em depoimento por Jesús Zambada García.

García é o irmão de Ismael "El Mayo" Zambada. Na abertura do julgamento, a defesa de Guzmán chegou a afirmar que Mayo seria o verdadeiro líder do cartel. Em seu depoimento, o irmão contou que na realidade, os dois eram sócios.

"El Rey"

Conhecido pelo apelido de "El Rey" ("o rei", em espanhol), Jesús Zambada foi a primeira das 16 testemunhas a se sentar diante do juiz Brian Cogan, na corte federal do Brooklyn, em Nova York, para o julgamento de El Chapo.

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Ele foi preso no México em 2008 e extraditado para os EUA em 2012. Para reduzir sua pena, aceitou cooperar com os procuradores na acusação de El Chapo.

Quando perguntado sobre a relação entre Guzmán e seu irmão, García respondeu que era "uma sociedade, uma parceria para o contrabando de cocaína, para o tráfico".

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Trajetória no cartel

Segundo seu relato, El Rey começou a trabalhar para o cartel de Sinaloa em 1987, fazendo a "contabilidade" da venda de cocaína do grupo nos EUA.

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Com o tempo, foi ganhando importância na organização até controlar um armazém na Cidade do México, que ele afirmou que recebia de 80 a 100 toneladas de coca por ano. Todo o produto era transportado para os EUA.

"Eu controlava o aeroporto na Cidade do México e pagava as autoridades para que elas fizessem a segurança do transporte da carga e também dos líderes do cartel", disse ele no depoimento, segundo a imprensa norte-americana.

Fuga e detalhes

García também contou que conheceu El Chapo em 2001, pouco depois que ele fugiu da prisão pela primeira vez, no México. A testemunha afirmou que resgatou o traficante de helicóptero, quando ele estava prestes a ser preso.

El Rey também detalhou como a cocaína chegava ao México, vinda da Colômbia, pela cidade de Cancún. Na origem, o quilo da droga custava por volta de US$ 3 mil (cerca de R$ 11 mil). Nos EUA, a mesma quantidade rendia até US$ 35 mil (cerca de R$ 132 mil) aos traficantes.

Por fim, ele disse que viu Guzmán pela última vez em 2008, antes de ser preso. O testemunho será retomado nesta quinta-feira, ainda com perguntas da acusação.

No julgamento, Guzmán é acusado de 17 crimes, como tráfico de drogas, associação ao tráfico, lavagem de dinheiro, conspiração para assassinar rivais ou dissidentes de seu cartel, entre outros. Caso seja condenado, ele pode pegar prisão perpétua.

Conheça em imagens a história de El Chapo

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