Israel investiga alegação de terroristas do Hamas sobre morte de bebê em cativeiro
Grupo disse nesta quarta-feira que integrantes da família Bibas, levados para Gaza em 7 de outubro, morreram em bombardeio
Internacional|Do R7, com AFP
O Exército israelense afirmou nesta quarta-feira (28) que está investigando uma alegação do braço militar do grupo terrorista Hamas sobre a morte, em Gaza, de um bebê de 10 meses, seu irmão de 4 anos e sua mãe — que estavam na lista de reféns capturados em 7 de outubro.
Em um comunicado, as FDI (Forças de Defesa de Israel) dizem que estão "verificando a veracidade das informações" e que seus representantes "falaram com a família Bibas".
"A responsabilidade pela segurança de todos os reféns na Faixa de Gaza recai sobre o Hamas, que coloca em perigo a vida de todos os reféns, incluindo nove crianças", acrescentou o Exército.
As Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo terrorista, anunciaram na quarta-feira em um comunicado a morte de Shiri, Ariel e Kfir Bibas, "em um bombardeio na Faixa de Gaza" pelas forças israelenses.
A Jihad Islâmica, movimento islâmico aliado do Hamas que retém alguns reféns em Gaza, havia relatado anteriormente a morte de Hanna Katzir, uma refém de 76 anos, mas a mulher foi libertada em 24 de novembro, no primeiro dia da trégua acordada entre o Hamas e Israel.
As imagens do sequestro da família Bibas no kibutz Nir Oz — o pai, a mãe e os dois filhos — tornaram-se um dos símbolos da violência praticada pelos terroristas em 7 de outubro em Israel.
Nelas, a mãe, Shiri, aparece com o rosto angustiado, segurando seus dois filhos, Kfir, de 9 meses na época, e Ariel, de 4 anos, envolvidos em um cobertor.
Quase ao mesmo tempo, homens armados do Hamas levaram o pai, Yarden, com a cabeça ensanguentada, em direção a Gaza.
O porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, disse recentemente que os quatro estão sequestrados por um grupo terrorista diferente do Hamas.
"O Hamas os capturou e o Hamas deve trazê-los de volta agora; eles são responsáveis por sua saúde, e a liberdade deles está diretamente nas mãos do Hamas", afirmou Afri Bibas-Levy, irmã de Yarden, à AFP na terça-feira.
A irmã de Shiri, Dana Siton, disse à AFP que "cada dia que passa os expõe ao perigo".
Aproximadamente 400 pessoas viviam no kibutz Nir Oz. Em 7 de outubro, 35 foram mortas e 80 foram sequestradas, incluindo 31 que foram libertadas até agora.