O governo dos Estados Unidos foi impedido, nesta segunda-feira (16), de deportar rapidamente pais imigrantes que foram reunidos com seus filhos. A medida é válida até quem tribunal federal analise o direito das crianças de pedir asilo.
O governo está trabalhando para cumprir, até 26 de julho, uma ordem judicial para reunir cerca de 2.500 crianças imigrantes que foram separadas dos pais por agentes de imigração norte-americanos na fronteira EUA-México.
O grupo ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis, na sigla em inglês), que iniciou o caso que levou à ordem de reunião, disse à Justiça, nesta segunda-feira, que os pais imigrantes deveriam ter uma semana de prazo depois de reencontrarem os filhos para decidirem se querem deixar a criança nos Estados Unidos para buscar asilo separadamente.
Leia também
"Uma estadia de uma semana é uma solução sensata e apropriada para fazer com que o trauma inimaginável que estas famílias sofreram não piore pelo fato de os pais terem tomado uma decisão desinformada sobre o destino de seus filhos", escreveu a ACLU nos autos de uma corte federal de San Diego.
Em uma audiência ocorrida nesta segunda-feira, o juiz Dana Sabraw, do Tribunal do Distrito Sul da Califórnia em San Diego, disse que emitirá uma suspensão da deportação de pais reunificados até o governo poder responder à solicitação da ACLU.
Sabraw deu uma semana para Washington responder e analisará o pedido da ACLU no dia 24 de julho.
A ACLU usou o caso para questionar uma diretriz do governo do presidente Donald Trump que determina a separação de famílias, parte de uma política mais dura de repressão à imigração ilegal. O presidente ordenou a suspensão da prática em 20 de junho devido à revolta pública generalizada.
Em 26 de junho, Sabraw ordenou que as crianças fossem devolvidas aos pais dentro de prazos específicos, e vem supervisionando o processo.