Internacional Justiça eleitoral da Bolívia anula reunião partidária que definiu candidatura de Evo Morales

Justiça eleitoral da Bolívia anula reunião partidária que definiu candidatura de Evo Morales

No encontro, os participantes proclamaram Morales candidato à Presidência e expulsaram o atual chefe de Estado, Luis Arce

AFP

Resumindo a Notícia

  • O TSE da Bolívia anulou uma reunião partidária que definiu a candidatura de Evo Morales.
  • No encontro, em setembro, os participantes proclamaram Morales candidato à Presidência.
  • No mesmo evento, expulsaram o presidente, Luis Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS).
Evo Morales participa de comício

Evo Morales participa de comício

Martín Silva / AFP - 29/11/2021

O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia anulou uma reunião do partido do ex-presidente Evo Morales, do mês de setembro, que o proclamou candidato à Presidência nas eleições de 2025, e determinou a convocação de um novo encontro.

O secretário de Câmara do TSE, Fernando Arteaga, disse que o tribunal eleitoral "decidiu rejeitar as determinações do 10º Congresso Nacional Ordinário do MAS a respeito da eleição de sua atual diretoria".

O Movimento ao Socialismo (MAS) é o partido liderado por Morales, presidente da Bolívia entre 2006 e 2019, que se reuniu em setembro na região de Chapare.

No encontro do partido, os participantes proclamaram Morales candidato à Presidência e expulsaram o atual chefe de Estado, Luis Arce, da legenda.

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Morales e o seu afilhado político Arce romperam relações, e a disputa é para definir quem será o candidato do partido governista em 2025.

O TSE afirmou em um relatório que o evento do MAS terminou um dia antes do previsto e que vários líderes do movimento, incluindo Morales, "não apresentaram certificado de militância" emitido pela entidade eleitoral.

Morales rejeitou a decisão do tribunal e afirmou que o governo Arce está por trás da resolução.

"Ao lado da nossa militância nos defenderemos legal, jurídica e politicamente ante as instâncias correspondentes até derrotar essa manobra de um tribunal eleitoral abertamente submetido ao governo", escreveu o ex-presidente na rede social X.

A rivalidade que quebrou a unidade do MAS aumentou nos últimos meses, após as críticas de Morales ao governo por suposta traição, corrupção e tolerância com o narcotráfico.

As divergências surgiram apesar de Morales ter estimulado a candidatura de Arce nas eleições de 2020, que ele venceu com 54% dos votos. O presidente não anunciou oficialmente que pretende concorrer à reeleição.

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