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Kerry conversa com ministro do Irã sobre ofensiva de países árabes no Iêmen

Internacional|Do R7

Washington, 26 mar (EFE).- O secretário de Estado americano, John Kerry, conversou brevemente nesta quinta-feira com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, sobre a ofensiva lançada por dez países árabes contra os houthis no Iêmen. O porta-voz do Departamento de Estado, Jeff Rathke, confirmou em Washington que Kerry colocou o tema em uma reunião realizada com Zarif hoje, na Suíça, apesar de a conversa ter se concentrado nas negociações sobre o programa nuclear iraniano. O secretário de Estado americano também falou hoje, por conferência telefônica, com os ministros das Relações Exteriores do Conselho de Cooperação do Golfo (CGG) sobre a situação do Iêmen para conhecer o trabalho da coalizão e ressaltar os apoios logístico e de inteligência dos EUA. Kerry realizou hoje uma reunião bilateral com Zarif em Lausanne. Espera-se que esta seja a última rodada de negociação sobre o programa nuclear iraniano entre o país e o Grupo 5+1 (EUA, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha). "A situação no Iêmen não está tendo impacto nas conversas sobre o programa nuclear do Irã", assegurou Rathke. A Arábia Saudita, à frente de uma coalizão de dez países (Kuwait, Catar, Emirados Árabes, Bahrein, Egito, Jordânia, Marrocos, Sudão e Paquistão), lançou ontem à noite uma ofensiva para conter o avanço do movimento rebelde xiita dos houthis no Iêmen. Cinco dos países que integram a aliança publicaram um comunicado no qual acusaram de forma velada o Irã de apoiar os houthis com o "objetivo de exercer sua hegemonia sobre o Iêmen e transformá-lo como base de sua influência sobre a região". Os Estados Unidos anunciaram ontem que estão fornecendo apoio logístico e de inteligência à intervenção militar no Iêmen. No entanto, destacaram que deve haver também uma solução diplomática. "Não há uma solução puramente militar para essa crise. Nosso objetivo continua sendo um processo de negociação política", destacou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. Os ministros do CGG disseram a Kerry que apoiam uma negociação política para resolver o conflito no Iêmen, mas lembraram que os houthis optaram primeiro pela via militar. Segundo Rathke, os EUA tomaram a decisão de auxiliar a coalizão após "várias consultas aos sauditas nos últimos dias". Além disso, negou que Washington esteja entrando em um conflito sectário no Iêmen, ao ressaltar que o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi é o "líder legítimo" do Iêmen, apesar de ter deixado o país e agora está na Arábia Saudita. Ao formar a coalizão, a Arábia Saudita respondeu a um pedido de Hadi, que mantém desde setembro do ano passado uma queda de braço pelo poder com o movimento dos houthis, que conseguiu tomar o controle da região norte do Iêmen, incluindo a capital Sana. EFE llb/lvl

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