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Líder da centro-esquerda aceita mandato para formar governo na Itália

Internacional|Do R7

ROMA, 21 Fev (Reuters) - O líder da centro-esquerda italiana, Matteo Renzi, anunciou seu gabinete nesta sexta-feira, depois de aceitar formalmente o mandato para formar o governo que, segundo disse, permanecerá no poder até 2018.

Renzi confirmou que o economista-chefe da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Pier Carlo Padoan, assumirá o estratégico Ministério da Economia no gabinete formado por 16 ministros, dos quais metade será composta por mulheres. O novo premiê disse que o governo começará a trabalhar imediatamente.

"Nosso objetivo é começar a trabalhar em coisas que precisam ser feitas a partir de amanhã de manhã", disse ele aos repórteres depois de duas horas e meia de reunião com o presidente Giorgio Napolitano.

O governo deve ser empossado formalmente às 11h30 do sábado, antes de um voto de confiança ir a plenário no Parlamento.


Renzi forçou a saída do primeiro-ministro Enrico Letta, seu rival no Partido Democrático (PD), depois de atacar o ritmo lento das reformas econômicas. Ele vai governar com a mesma aliança suprapartidária que inviabilizou os esforços de seu antecessor.

Seis dos novos ministros faziam parte do gabinete de Letta, três são do pequeno partido Nova Centro-Direita (NCD), do qual Renzi depende para ter maioria no Parlamento.


Aos 39 anos, Renzi será o mais jovem primeiro-ministro na história da Itália e o terceiro consecutivo que chega ao cargo sem ter sido o vencedor de uma eleição.

Pesquisas de opinião indicam que muitos italianos estão preocupados com a falta de um respaldo eleitoral, e os questionamentos sobre o modo como ele chegou ao poder poderão limitar a habilidade de Renzi de levar adiante reformas impopulares.


Líder do centro esquerdista PD, Renzi esboçou uma agenda ambiciosa, prometendo realizar uma reforma constitucional e eleitoral, tornar os sistemas tributário e trabalhista mais eficientes e remodelar a inchada administração pública, tudo dentro de quatro meses.

CRONOGRAMA AMBICIOSO

Napolitano disse que reformas estruturais na Constituição e economia, com o país emergindo de sua mais longa crise desde a Segunda Guerra Mundial, têm de ser feitas imediatamente.

Nesta sexta-feira a agência de classificação de risco DBRS afirmou que as reformas seriam positivas para a Itália desde que um "cronograma ambicioso" seja respeitado.

No novo gabinete Angelino Alfano manteve o posto de ministro do Interior, mas não terá mais o título de vice-primeiro-ministro. Isso indica que Renzi descartou a ideia de lhe dar um cargo que pudesse desafiar sua autoridade.

A ministra de Relações Exteriores, Emma Bonino, bastante conhecida fora da Itália, deixa o governo e será substituída por Federica Mogherino, do PD.

Padoan, um respeitado ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional, será o terceiro tecnocrata seguido no ministério, ponto crucial de contato com o Banco Central Europeu e os parceiros da União Europeia, e fator importante para manter a confiança dos investidores.

(Reportagem adicional de Paolo Biondi, Massimiliano Di Giorgio, Stefano Bernabei, Leigh Thomas em Paris e Valentina Za em Milão)

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