Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Macron viaja para os Estados Unidos para discutir com Biden situação da guerra na Ucrânia

O presidente francês chegará ao país na próxima terça-feira (29); em 2018, o líder foi recebido pelo então presidente Donald Trump

Internacional|

O presidente americano, Joe Biden, e o presidente francês, Emmanuel Macron
O presidente americano, Joe Biden, e o presidente francês, Emmanuel Macron O presidente americano, Joe Biden, e o presidente francês, Emmanuel Macron

O presidente francês, Emmanuel Macron, fará nesta semana sua segunda visita de Estado aos Estados Unidos, onde espera expressar suas preocupações sobre o protecionismo americano e abordar a guerra na Ucrânia com o presidente Joe Biden.

Em 2018, o antecessor de Biden, Donald Trump, convidou Macron para uma reunião de alto nível.

Na próxima quinta-feira (1°), na Casa Branca, vai ocorrer o disparo de 21 tiros de canhão e um jantar de Estado. 

Tanto Trump quanto Biden escolheram, para sua primeira visita de Estado como anfitriões, o presidente da segunda maior economia da UE (União Europeia), que chegará ao país na noite da próxima terça-feira (29) e partirá na sexta-feira (2), após passar por Nova Orleans. 

Publicidade

"A França é o aliado mais antigo dos Estados Unidos", disse à AFP um alto funcionário americano, para quem "essa visita se centra sobretudo na relação pessoal e na aliança" com o "parceiro vital".

Do lado francês, sublinha-se que a visita é uma “honra que se presta mais à França do que a qualquer outro país europeu”. Mas, no fundo, trata-se também de resolver uma crise inusitada entre os dois aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Publicidade

Em setembro de 2021, o anúncio de uma aliança entre Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, denominada AUKUS, enfureceu a França, que esperava que Canberra quebrasse um contrato multibilionário de compra de submarinos franceses em benefício dos americanos.

Segundo Célia Belin, investigadora visitante do think tank americano Brookings Institution, os Estados Unidos têm interesse em manter uma relação próxima com o aliado que defende a "autonomia estratégica" da Europa. "Os franceses nem sempre são fáceis de lidar, mas, quando os franceses e os americanos se unem, é um longo caminho."

Publicidade

'Não somos aliados alinhados'

Para além do protocolo, a Presidência francesa espera um diálogo "exigente". "Não somos aliados alinhados", disse um assessor presidencial.

Desde a invasão russa à Ucrânia, Macron apoiou Kiev, mas também manteve um diálogo com Moscou, para que, quando os ucranianos decidirem, a guerra termine "em torno de uma mesa de negociações".

Leia também

Assim, em 13 de dezembro, ele vai organizar em Paris uma conferência de apoio à resistência civil na Ucrânia. Mas promete voltar a falar com o presidente russo, Vladimir Putin, “nos próximos dias”.

Inicialmente relutante, Washington parece estar caminhando para essa posição, já que seu chefe de gabinete, o general Mark Milley, evocou uma possível janela de oportunidade para negociações.

Mas Macron também quer uma "ressincronização" da resposta econômica de ambos os lados do Atlântico à crise provocada pelo conflito e, em geral, em termos de transição ecológica e rivalidade com a China.

O US IRA (Inflation Reduction Act) é anunciado como o principal ponto de tensão, especialmente porque prevê investimentos maciços para a transição ecológica, acompanhados de generosos subsídios a produtos americanos, como veículos elétricos.

“Não vamos ficar de braços cruzados” diante desse plano de investimento tido como protecionista, assegurou a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne.

Macron espera obter "renúncias" para algumas indústrias europeias, pois, segundo seus serviços, sabe que Biden não recuará nesse plano, politicamente crucial para o democrata.

A ideia, em troca, é promover uma medida semelhante na UE, para evitar deslocalizações em massa.

"A China favorece sua produção, os Estados Unidos favorecem sua produção. Talvez tenha chegado a hora de a Europa favorecer sua produção", disse o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, no domingo (27), no canal France 3, lamentando que o velho continente viva "ainda na globalização de ontem, aberto aos quatro ventos".

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.