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Maduro diz que Chávez segue no comando e acusa Capriles de conspiração

Internacional|Do R7

Caracas, 2 mar (EFE).- O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste sábado que o presidente Hugo Chávez se mantém "no comando", apesar da "delicada" recuperação que enfrenta desde a cirurgia realizada no último dia 11 de dezembro, e acusou o líder opositor Henrique Capriles de conspiração. Durante um ato transmitido por rádio e televisão, Maduro indicou que o processo de recuperação da última cirurgia de Chávez, de 58 anos, foi "totalmente diferente" ao das três outras anteriores, todas realizadas em decorrência de um câncer detectado em meados de 2011. "Foi, como todos vocês sabem, a operação mais delicada, além do mais delicado pós-operatório", explicou o vice-presidente, que ontem informou que Chávez precisou receber "tratamentos complementares" de quimioterapia depois de sua última passagem pela sala de cirurgia. Chávez, que em dezembro anunciou que passaria pela quarta cirurgia em 18 meses por causa da reincidência de um câncer situado na região pélvica, ainda não conseguiu se recuperar de uma insuficiência respiratória decorrente de uma infecção pulmonar. Segundo fontes oficiais do governo, o líder, que está no poder desde 1999 e foi reeleito em outubro de 2012 para um novo mandato de mais seis anos (até 2019), respira através de uma cânula traqueal, que lhe impede de falar. Maduro especificou hoje que Chávez está se dedicando a sua recuperação e pediu aos seguidores do líder "serem mais fortes". "Ele está tendo seu tempo, mas há decisões vitais que só ele avalia e decide, as decisões fundamentais", afirmou Maduro, que, além disso, mostrou uma pasta com "documentos corrigidos" e "ações políticas, sociais e econômicas para seguir fortalecendo o crescimento econômico". De acordo com Maduro, esses documentos foram elaborados após um conjunto de orientações que o presidente venezuelano apresentou em uma reunião no último dia 22 de fevereiro, sendo que umas foram enviadas através do ministro da Ciência e genro de Chávez, Jorge Arreaza, um dia depois, e outras só chegaram "ontem". "Não atuamos de maneira invasiva em relação ao seu tratamento, mas ele se mantém informado e segue no comando", acrescentou Maduro, que ontem assegurou que o presidente se comunica "através da escrita e por outras vias que ele mesmo inventou". "Diante dessa dificuldade, nós temos que nos sobrepor, ser mais fortes, ter coragem, dureza de espírito e personalidade diante das dificuldades", declarou hoje o vice-presidente, ao atacar os "que tratam de utilizar a dificuldade" para desmoralizar, confundir e desanimar os seguidores do governante. Além de Maduro, o ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua, também se pronunciou neste sábado durante um ato no bairro popular de Petare, ao leste de Caracas. Segundo Jaua, aqueles que querem ver Chávez recuperado são os mesmos que querem que ele "esteja tranquilo" e "fazendo seu tratamento". Neste contexto, o ministro criticou os jovens que mantêm um protesto em uma rua do município de Chacao, em Caracas, exigindo "a verdade" sobre a saúde do presidente, ao assinalar que os mesmos estão articulando "uma chantagem cruel e feia" contra Chávez. Jaua assinalou, além disso, que o líder opositor e governador de Miranda, Henrique Capriles, e o deputado Julio Borges teriam viajado para Miami "para buscar dólares e criar uma desestabilização". Algumas horas depois, Maduro acusou Capriles de se reunir nos EUA com "fatores" que estão conspirando contra o país e, por isso, advertiu que poderá lhe aplicar as leis se o mesmo der continuidade a essa suposta conspiração. "Ele se reuniu em Miami e amanhã terá outras reuniões com fatores que estão conspirando contra a economia do país, com banqueiros foragidos", declarou Maduro, que ressaltou que Capriles também se reunirá com a responsável pelo Departamento de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson. EFE lb/fk

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