Mais de 900 migrantes morreram no Mediterrâneo em 2019
Maioria das vítimas morreu afogada na rota central, que liga a Líbia e a Itália. Local é considerado um dos mais perigosos para atravessar no mundo
Internacional|Da EFE
Um total de 909 pessoas perderam a vida afogadas ao tentar atravessar o Mar Mediterrâneo de forma irregular para chegar ao litoral dos países europeus durante os primeiros oito meses deste ano, anunciou nesta sexta-feira (30) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Em comunicado enviado aos veículos de imprensa, esta organização vinculada à ONU detalha que a maioria deles, um total de 640 pessoas, morreu na rota central, que une o litoral da Líbia com as praias italianas.
As mortes nesta via, considerada a mais mortal do mundo, são o triplo das ocorridas na fronteira entre os Estados Unidos e o México (266) e cinco vezes a mais do que na região do Caribe (151).
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"Este ano de 2019 é o sexto no qual a IOM registra de forma sistemática as mortes de pessoas que migram no mundo através do projeto Missing Migrants. Desde 2014, foram registradas 32.741 mortes, incluídas as 1.781 de 2019", explicou.
"As 909 (mortes) da região mediterrânea incluem as várias ocorridas na semana passada" diante do litoral da Líbia, onde naufragou um bote com cerca de 100 pessoas a bordo, das quais só 65 puderam ser resgatada.
Outras 212 pessoas morreram afogadas durante os primeiros oito meses de 2019 na chamada rota mediterrânea ocidental, que desemboca na Espanha e que se transformou na terceira mais mortal do mundo após a fronteira mexicana-americana.