Nova York será 'destruída' pela imigração, diz prefeito
Mais de 110.000 pessoas chegaram à capital financeira e turística dos EUA nos últimos 18 meses
Internacional|Do R7
"A imigração destruirá Nova York", alertou o prefeito democrata Eric Adams, cuja cidade recebe mensalmente mais de 10.000 solicitantes de asilo.
"Nunca na minha vida tive um problema para o qual não visse o fim. Não vejo um fim para isso", disse ele em um debate público na quarta-feira (6) à noite, respondendo a perguntas de nova-iorquinos, junto com sua equipe de governo.
Mais de 110.000 pessoas chegaram à capital financeira e turística, que tem 8,5 milhões de habitantes, em busca de asilo nos últimos 18 meses, muitas delas enviadas por governadores republicanos de estados fronteiriços, em protesto contra a política de imigração do governo federal do democrata Joe Biden.
Até agora, a maioria vinha de vários países, especialmente da Venezuela, e nas últimas semanas se somaram imigrantes do Equador e da África Ocidental. Também estão chegando imigrantes de língua russa, que entram pelo México, disse o prefeito. Sua cidade é obrigada por lei a fornecer abrigo, comida e assistência médica a todos que solicitam.
Este ex-policial afro-americano vem pedindo com insistência ajuda do governo federal para enfrentar essa crise migratória, que custará aos cofres da cidade US$ 12 bilhões (R$ 60 bilhões, na cotação atual) em três anos, anunciou Adams no início de agosto.
Atualmente, mais de 60.000 solicitantes de asilo dependem dos cuidados do município para dormir, comer, vestir-se e escolarizar seus filhos. As autoridades de Nova York estão tentando que o governo federal assuma a responsabilidade pela crise.
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Enquanto isso, Adams está pedindo a Washington que acelere as autorizações de trabalho para os solicitantes de asilo, para que eles possam trabalhar e deixar de depender da assistência municipal.
"Estamos prestes a perder a cidade que conhecemos, e estamos todos juntos nisso", disse ele, pedindo aos diferentes condados que compõem a metrópole que colaborem para enfrentar essa crise juntos. "Não é esse o jogo (de passar a bola uns para os outros) que podemos jogar", disse.
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