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Obama se encontra com Dalai Lama, apesar de advertências da China

Internacional|Do R7

Por Roberta Rampton e Sui-Lee Wee

WASHINGTON/PEQUIM, 21 Fev (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se encontrou nesta sexta-feira com o líder espiritual tibetano no exílio, o Dalai Lama, numa demonstração de preocupação com o modo como a China lida com a questão dos direitos humanos, e apesar das advertências da China de que a visita iria "prejudicar gravemente" as relações bilaterais.

O encontro reservado pareceu durar cerca de uma hora, embora o Dalai Lama, laureado com o Prêmio Nobel da Paz, não tenha sido visto pelos fotógrafos credenciados na Casa Branca quando entrou e saiu do local.

Obama reiterou seu apoio às tradições linguísticas, culturais e religiosas do Tibet e aos direitos humanos dos tibetanos, afirmou a Casa Branca em um comunicado.


"O presidente enfatizou que ele incentiva o diálogo direto para resolver diferenças de longa data e que o diálogo que produz resultados seria positivo para a China e os tibetanos", disse o comunicado.

De acordo com a Casa Branca, Obama também declarou que não apoia a independência do Tibet da China e o Dalai Lama disse esse não é o seu objetivo.


Essa foi a terceira vez que Obama se reuniu com o Dalai Lama, que a Casa Branca definiu como "um líder religioso e cultural respeitado internacionalmente". Os encontros anteriores foram em fevereiro de 2010 e julho de 2011.

No que pareceu ser uma pequena concessão aos chineses, a visita foi realizada na sala dos mapas da Casa Branca, um espaço historicamente importante, mas menos significativo do que o Salão Oval, o santuário do presidente.


A China qualifica o Dalai Lama de "lobo em pele de cordeiro" que procura usar métodos violentos para estabelecer um Tibet independente. O Dalai Lama, que fugiu para a Índia depois de um levante fracassado em 1959, sustenta que somente quer autonomia genuína para o Tibet e nega defender a violência.

A China assumiu o controle do Tibet em 1950. Grupos de defesa dos direitos humanos dizem que a China sufoca os direitos religiosos, culturais e linguísticos dos tibetanos e impõe seu domínio com métodos brutais.

O encontro com o Dalai Lama foi anunciado com pouco destaque uma noite antes, mas levou a uma firme repreensão por parte do governo chinês.

"Os arranjos dos Estados Unidos para que seu líder se reúna com o Dalai seriam uma interferência grosseira nos assuntos internos da China e uma grave violação das normas das relações internacionais", disse a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, em um comunicado antes do encontro.

"Vai prejudicar gravemente as relações da China e EUA. Nós fazemos um chamado aos Estados Unidos para que considerem seriamente as preocupações da China, cancelem imediatamente os planos do líder dos EUA de se encontrar com o Dalai e não facilitem nem concedam uma plataforma para as atividades separatistas do Dalai contra a China nos Estados Unidos", acrescentou.

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