OMS diz que inverno boreal será ameaça para milhões de ucranianos
Destruição de infraestruturas durante a guerra com a Rússia impacta aquecimento de residências e hospitais
Internacional|Do R7
![Na última semana, nevou pela primeira vez no outono ucraniano](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/C2HSYDW3TNI6FG2RTLX6AJOX2Y.jpg?auth=40646f6be1562a17bd2747a9b6bfb28850c4db6294677419a11efe328e671902&width=771&height=419)
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou nesta segunda-feira (21) que o próximo inverno boreal (verão no Brasil) pode ser uma "ameaça à vida" de milhões de ucranianos, devido a uma série de ataques russos contra o sistema de energia ucraniano.
A estação mais fria do ano representará "uma ameaça para a vida de milhões de pessoas na Ucrânia", disse o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Klluge, à imprensa. "Simplificando: este inverno será sobre sobrevivência", acrescentou.
Os danos à infraestrutura de energia da Ucrânia causados pelos inúmeros bombardeios russos "já estão tendo efeitos mortais no sistema de saúde e na saúde das pessoas", disse Kluge. Segundo o responsável, a OMS relatou mais de 700 ataques contra unidades de saúde na Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro.
O representante da organização também observou uma "clara violação" do direito humanitário internacional. "Os ataques contínuos às infraestruturas de energia e saúde significam que centenas de hospitais e instalações de saúde não estão mais totalmente operacionais", disse Kluge.
"Estimamos que mais 2 ou 3 milhões de pessoas terão de deixar suas casas, em busca de segurança", alertou. "Terão de enfrentar desafios de saúde, incluindo infecções respiratórias como Covid-19, pneumonia, gripe", alertou, insistindo ainda no "grave risco de difteria e sarampo para uma população insuficientemente vacinada".
A Ucrânia quer transformar alguns dos cenários que a invasão russa no país tornou internacionalmente famosa em destinos turísticos para promover este setor e, ao mesmo tempo, ajudar a não esquecer o sofrimento e a destruição que sofreu nas mãos da Rússia
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