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ONU denuncia Nicarágua por mortes, prisões e torturas

O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu o fim da violência no país que já matou cerca de 280 pessoas

Internacional|

Cerca de 280 pessoas morreram em protestos
Cerca de 280 pessoas morreram em protestos Cerca de 280 pessoas morreram em protestos

A polícia e autoridades da Nicarágua mataram e prenderam pessoas sem o devido processo legal e cometeram torturas, denunciou o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, pedindo o fim dos episódios de violência que deixaram estimados 280 mortos desde abril.

Em abril foram deflagrados protestos contra um plano do presidente Daniel Ortega de reduzir benefícios dos aposentados. O governo recuou, mas sua reação violenta às manifestações provocou um protesto mais amplo contra a gestão Ortega.

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O presidente é um ex-líder guerrilheiro marxista que está no poder desde 2007, também tendo governado o país entre 1979 e 1990.

"Uma ampla gama de violações de direitos humanos está sendo cometida, inclusive execuções extrajudiciais, torturas, detenções arbitrárias e a recusa ao direito de livre expressão das pessoas", disse o porta-voz de direitos humanos da ONU, Rupert Colville, em um boletim à imprensa.

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O saldo incluiu ao menos 19 policiais, disse, acrescentando que os relatos vêm de agentes de direitos humanos no país e que têm como pano de fundo a ausência do Estado de Direito.

"A grande maioria das violações é do governo ou de elementos armados que parecem estar trabalhando conjuntamente com ele", disse Colville à Reuters, acrescentando que os manifestantes são em sua maioria pacíficos, mas que alguns andam armados.

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Na segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que grupos ligados ao governo da Nicarágua estão usando força letal "inaceitável" contra os cidadãos, e pediu o fim da violência.

O escritório de direitos humanos da ONU exortou o governo da Nicarágua a prestar informações sobre dois ativistas desaparecidos desde que foram detidos no aeroporto na semana passada e a abrir todas as prisões para monitores.

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Os ativistas Medardo Mairena e Pedro Mena foram detidos pela polícia no aeroporto de Manágua na sexta-feira, e as autoridades não disseram às suas famílias onde eles estão, apesar de solicitações judiciais, disse Colville.

Mais tarde nesta terça-feira, autoridades de direitos humanos da ONU tiveram acesso a uma prisão da capital, La Modelo, o que pode ser "um pequeno avanço", afirmou. Mas elas querem visitar a prisão de El Chipote, também na capital, onde estão sendo mantidos muitos dos detidos, segundo ele.

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