Onze egípcios são condenados à morte por distúrbios em jogo de futebol
Internacional|Do R7
Cairo, 19 abr (EFE).- Um tribunal da cidade de Port Said, no Egito, condenou neste domingo à morte 11 pessoas por envolvimento nos distúrbios ocorridos em fevereiro de 2012 durante uma partida de futebol, quando 74 pessoas morreram e 254 ficaram feridas. Segundo fontes judiciais, as sentenças foram levadas para o mufti da República, para que a principal autoridade religiosa do país emita uma opinião não vinculante sobre o caso. A decisão foi anunciada pelo presidente do Tribunal Penal de Port Said, Mohamed al Said Mohamed, que, além disso, determinou para 30 de maio a data para a determinação das sentenças definitivas. Segundo a agência de notícias oficial "Mena", a corte proibiu que os meios de comunicação informem sobre o caso até as sentenças definitivas serem anunciadas. Este é o segundo julgamento sobre o caso. Em 6 de fevereiro de 2014, o Tribunal de Cassação anulou uma decisão que condenara à morte 21 acusados pelos distúrbios ocorridos no estádio de Port Said. Na ocasião, o tribunal levou em consideração os recursos apresentados pelo Promotoria e defesa contra a primeira sentença, emitida em março de 2013, e ordenou a repetição do julgamento. Os acusados caso tinham sido condenados a várias penas: 21 pessoas foram sentenciadas à morte, cinco à prisão perpétua, 19 a penas de detenção variadas e 28 absolvidas. Os réus foram acusados de perpetrar, tramar e serem cúmplices de crimes de assassinato premeditado e traição. Dois comandantes da polícia de Port Said, entre eles o diretor de segurança da cidade, Esam Samak, receberam penas de 15 anos de prisão, enquanto sete policiais foram absolvidos. A maioria dos mortos na tragédia de Port Said eram torcedores do clube Ahli, o mais popular do Egito, que ficaram presos no caldeirão que se converteu o estádio após um ataque dos torcedores da equipe local, Al Masri, e diante da passividade da polícia. EFE aj-jfu/dk