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Operação relâmpago ocupa Complexo do Caju e Barreira do Vasco, no Rio

Internacional|Do R7

Rio de Janeiro, 3 mar (EFE).- Em uma operação relâmpago e que transcorreu sem incidentes a polícia ocupou na madrugada deste domingo o Complexo do Caju e a Barreira do Vasco, localizadas em uma zona estratégica do Rio de Janeiro, que faz parte do corredor viário da cidade para os Jogos Olímpicos de 2016. As duas comunidades, controladas há décadas por traficantes, foram recuperadas em meia hora por cerca de 1.500 agentes, a maioria membros do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro, apoiados por agentes da Polícia Civil e por aproximadamente 200 fuzileiros navais. Tanques da Marinha retiraram barricadas deixadas pelos criminosos nas ruas das favelas para dificultar o acesso das forças de segurança. As comunidades se localizam em uma passagem obrigatória para o aeroporto internacional Tom Jobim. O Complexo do Caju é formado por 13 favelas, nas quais vivem cerca 16 mil pessoas, e a Barreira do Basco é composta por três comunidades e tem aproximadamente seis mil moradores. Os dois conjuntos estão localizados entre a zona portuária do Rio de Janeiro, a Linha Vermelha (via expressa que conduz ao aeroporto) e a Avenida Brasil, que cruza a cidade e comunica o centro e as zonas Norte e Oeste. Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, definiu a operação como "o dia D", mas alertou que embora a ocupação tenha sido bem-sucedida, não se deve cantar vitória. As forças de segurança permanecerão na região até a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) nas comunidades. "A instalação definitiva depende das informações das forças de ocupação", explicou Beltrame. A operação seguiu o roteiro de ações similares realizadas em outras favelas cariocas, que consiste em anunciar a entrada da polícia com vários dias de antecedência para que os traficantes fujam e assim evitar possíveis enfrentamentos, que podem causar vítimas entre os moradores. Hoje não foi diferente e os policiais e militares tomaram a região sem disparar um só tiro, em uma operação que prendeu pelo menos 12 suspeitos de pertencerem a facções criminosas. Segundo as autoridades, o controle das favelas tomadas neste domingo é fundamental para, em uma próxima fase, ocupar o Complexo da Maré, grande conjunto de comunidades localizado próximo do aeroporto. O objetivo é garantir a segurança nas vias onde circularão as delegações e turistas que vierem para os Jogos Olímpicos e nas rotas para alguns locais onde serão disputadas provas, como Deodoro, palco da competição de tiro. O programa de UPP's começou em 2008 e até agora já foram implementadas 31 unidades em comunidades da cidade antes dominadas pelo tráfico. Para marcar a recuperação do território, a polícia hasteou hoje as bandeiras do Brasil e do estado do Rio de Janeiro no Parque Alegria, no Complexo do Caju. "É o renascimento de uma região, assim como já ocorreu o renascimento de outras. Vamos dar garantia de ir e vir às pessoas", disse o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. EFE joc/dk (foto)

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