Parlamento da Bulgária aceita renúncia do governo
Internacional|Do R7
Por Michael Winfrey e Tsvetelia Tsolova
SOFIA, 21 Fev (Reuters) - O Parlamento da Bulgária aceitou, nesta quinta-feira, a renúncia do governo em face dos protestos antiausteridade, deixando o país mais pobre da União Europeia numa incerteza política que pode persistir para além de eleições antecipadas.
O primeiro-ministro Boiko Borisov, que ganhou elogios de investidores ao cortar o déficit orçamentário do país dos Balcãs, perdeu apoio entre os eleitores cansados da pobreza persistente e corrupção. Esses eleitores podem agora procurar consolo de mais políticos populistas.
Após protestos desencadeados por altas contas de energia, Borisov renunciou na quarta-feira -- o mais recente governo a cair na crise da dívida que já dura quatro anos da Europa.
O parlamento votou nesta quinta-feira para aceitar a decisão e o presidente Rosen Plevneliev agora irá perguntar aos três maiores partidos se querem formar um governo até a eleição parlamentar em julho.
Mas tanto o partido GERB, de Borisov, quanto os principais grupos socialistas da oposição disseram que não têm interesse em participar de um gabinete interino, e analistas dizem que isso significa que Plevneliev poderia agendar uma eleição para abril.
"Grande mudança só pode vir através de novas eleições, que devem ocorrer o mais rápido possível", disse o líder socialista Sergei Stanishev.
A saída do gabinete trouxe calmaria depois de uma semana caótica de protestos contra o governo e concessionárias estrangeiras de energia, e uma ameaça pelas autoridades búlgaras para retirar de uma deles, o grupo de enercia checo CEZ, a sua licença.