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Policial branco que assassinou jovem negro em Atlanta é demitido

Um homem negro foi morto a tiros pela polícia enquanto tentava escapar da prisão, em mais um incidente que deve aumentar as tensões nos EUA

Internacional|Da EFE

Manifestantes incendeiam lanchonete após mais uma morte de homem negro, nos EUA
Manifestantes incendeiam lanchonete após mais uma morte de homem negro, nos EUA Manifestantes incendeiam lanchonete após mais uma morte de homem negro, nos EUA

A polícia de Atlanta, no estado da Geórgia (Estados Unidos) confirmou neste domingo (14) a demissão de um policial branco que matou a tiros o jovem negro Rayshard Brooks, na sexta-feira (12).

O porta-voz da polícia de Atlanta, Carlos Campos, afirmou hoje que o agente que atirou em Brooks, identificado como Garrett Rolfe, foi demitido, enquanto seu parceiro Devin Bronsan, que esteve envolvido em uma briga com a vítima, está em licença administrativa.

Rolfe tem 27 anos, a mesma idade de Brooks, que morreu ao ser baleado pelo policial que estava no Departamento de Polícia de Atlanta desde 2013, disse o porta-voz à "ABC News".

A morte de Brooks, em meio a onda de protestos por causa da violência policial contra negros, causou uma profunda comoção em Atlanta e ocasionou ontem (13) a renúncia da chefe de polícia da cidade, Erika Shields.

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Brooks foi morto a tiros na noite de sexta, no estacionamento de um restaurante de fast food, depois de resistir à prisão, lutando com os dois policiais brancos, tirando-lhes uma pistola de choque elétrico e tentando fugir, segundo o Gabinete de Investigação da Geórgia (GBI, sigla em inglês).

A polícia chegou ao local após receber um aviso de que um homem - Brooks -, estava "dormindo em um veículo estacionado em frente à janela" do restaurante, dificultando a retirada de alimentos de outros clientes, explicou o GBI.

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Um vídeo da câmera presa ao uniforme de um dos agentes, publicado neste domingo pela polícia, mostra que os policiais conversaram por quase meia hora com Brooks antes do início do confronto.

Brooks, diante de policiais no estacionamento, permaneceu calmo, confirmou que havia bebido "uma bebida e meia" e colaborou com os policiais, pedindo que deixassem que estacionasse seu carro lá e caminhasse até a casa de sua irmã.

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Os agentes confirmaram que ele estava embriagado e Bronsan tentou colocar as algemas nele, mas Brooks se sacudiu e os três acabaram no chão, com a polícia avisando que eles lhe dariam um choque elétrico se ele resistisse.

Outro vídeo divulgado ontem pelo GBI mostra como Brooks, depois de retirar a pistola de choque elétrico e fugir dos agentes, estendeu o braço e aparentemente apontou esse objeto para Rolfe, que o perseguia.

Rolfe então pegou sua arma e atirou em Brooks, que caiu no chão e foi levado para o hospital local, onde ele morreu.

O GBI pediu que o público "não se apressasse em tirar conclusões" sobre o que aconteceu, mas o caso Brooks intensificou a indignação nas ruas de Atlanta, que já estava protestando - como centenas de cidades dos EUA - pela morte de outros negros em abordagens policiais, como aconteceu com George Floyd, no mês passado.

No final da noite de ontem, um grupo incendiou o restaurante em cujo estacionamento ocorreu a morte de Brooks e outros manifestantes bloquearam temporariamente uma rodovia, resultando em pelo menos 36 prisões, disse um porta-voz da polícia de Atlanta à Agência Efe.

Leia mais: Ato após morte de negro pela polícia tem restaurante incendiado nos EUA

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