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Por que Maduro enviou 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia

Região, com 2.200 km de extensão, abriga grupos criminosos que são alvo de pressão dos EUA, que buscam sufocar narcotráfico

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Maduro enviou 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia em resposta a tensões com os EUA e acusações de narcotráfico.
  • A mobilização inclui uso de aeronaves, drones e operações terrestres nos estados de Táchira e Zulia.
  • O governo venezuelano nega ser um ponto central de escoamento de drogas, citando dados das Nações Unidas.
  • Tensões aumentaram após os EUA dobrarem a recompensa pela captura de Maduro, acusado de narcoterrorismo.

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Envio de militares ocorre após os EUA mobilizarem navios de guerra na região Prensa FANB

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o envio de 15 mil militares para reforçar a fronteira com a Colômbia. A medida, anunciada na segunda-feira (25) pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello, ocorre em meio ao aumento da tensão com os Estados Unidos e às acusações de ligação do governo venezuelano com o narcotráfico.

Segundo Cabello, a mobilização inclui uso de aeronaves, drones, barcos para vigilância fluvial e operações terrestres nos estados de Táchira e Zulia. O ministro afirmou que a Venezuela pretende fortalecer as forças já presentes na região e pediu que o governo colombiano adote ações semelhantes.


“Pedimos ao governo colombiano, que vem colaborando, que faça o mesmo do lado colombiano para garantir a paz em todo o eixo, expulsando qualquer um que queira se estabelecer e cometer crimes na área da fronteira”, declarou.

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A região de fronteira, com 2.200 quilômetros de extensão, abriga a atuação de diferentes grupos criminosos. Cabello negou que a Venezuela seja um ponto central de escoamento de drogas, argumento usado por Washington para justificar a presença de navios de guerra no Caribe.


De acordo com ele, relatórios das Nações Unidas mostram que apenas 5% da produção colombiana “tenta” sair pela Venezuela. “Digo ‘tentar’ porque tentar sair é uma coisa, e sair é outra. Este ano, antes do final de agosto, já apreendemos 52.769 quilos de drogas”, afirmou.

O anúncio coincide com a movimentação de três embarcações militares americanas em direção ao sul do Caribe. O governo dos Estados Unidos alega que o objetivo é combater cartéis de drogas latino-americanos, mas não informou a data de chegada dos navios.


Cabello questionou a estratégia ao apontar em um mapa que a maior parte das drogas sai pelo Pacífico. “Se 87% das drogas saem por aqui, por que os Estados Unidos não enviam sua frota para cá?”, disse.

As tensões se intensificaram após os EUA dobrarem no início de agosto a recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões. O presidente venezuelano é acusado formalmente de narcoterrorismo desde 2020, no primeiro mandato de Donald Trump. Maduro nega as acusações, afirma que são infundadas e defende que visam desestabilizar o governo.


Na semana passada, em discurso durante a cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, Maduro criticou diretamente Washington. Ele afirmou que a América Latina vive um período de “ameaças a granel” e disse que a Venezuela está preparada para “qualquer cenário” em defesa da soberania.

Perguntas e Respostas

 

Por que Nicolás Maduro enviou 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia?

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o envio de 15 mil militares para reforçar a fronteira com a Colômbia. Essa medida foi anunciada pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello, e ocorre em meio ao aumento da tensão com os Estados Unidos e às acusações de ligação do governo venezuelano com o narcotráfico.

 

Quais são os detalhes da mobilização militar?

 

A mobilização inclui o uso de aeronaves, drones, barcos para vigilância fluvial e operações terrestres nos estados de Táchira e Zulia. Cabello afirmou que a Venezuela pretende fortalecer as forças já presentes na região e pediu que o governo colombiano tome ações semelhantes.

 

O que o governo venezuelano pediu ao governo colombiano?

 

Cabello pediu ao governo colombiano que faça o mesmo do lado colombiano para garantir a paz na fronteira, expulsando qualquer um que queira se estabelecer e cometer crimes na área.

 

Qual é a situação na região de fronteira?

 

A região de fronteira, que se estende por 2.200 quilômetros, abriga a atuação de diferentes grupos criminosos. Cabello negou que a Venezuela seja um ponto central de escoamento de drogas, um argumento usado pelos Estados Unidos para justificar a presença de navios de guerra no Caribe.

 

Quais dados foram apresentados sobre a produção de drogas?

 

Cabello afirmou que relatórios das Nações Unidas mostram que apenas 5% da produção colombiana tenta sair pela Venezuela. Ele destacou que, até agosto deste ano, já foram apreendidos 52.769 quilos de drogas.

 

Como a movimentação militar americana se relaciona com essa situação?

 

O anúncio do envio de tropas coincide com a movimentação de três embarcações militares americanas em direção ao sul do Caribe, com o governo dos Estados Unidos alegando que o objetivo é combater cartéis de drogas latino-americanos, embora não tenha informado a data de chegada dos navios.

 

O que Cabello questionou sobre a estratégia dos Estados Unidos?

 

Cabello questionou a estratégia dos Estados Unidos, apontando que a maior parte das drogas sai pelo Pacífico e indagou por que os EUA não enviam sua frota para essa região.

 

Como as tensões entre Venezuela e Estados Unidos se intensificaram?

 

As tensões aumentaram após os EUA dobrarem, no início de agosto, a recompensa pela captura de Maduro para 50 milhões de dólares. Maduro é acusado formalmente de narcoterrorismo desde 2020 e nega as acusações, afirmando que são infundadas e visam desestabilizar seu governo.

 

O que Maduro disse em seu discurso recente?

 

Na semana passada, durante a cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, Maduro criticou diretamente Washington, afirmando que a América Latina vive um período de "ameaças a granel" e que a Venezuela está preparada para "qualquer cenário" em defesa da soberania.

 

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