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Procurador do Chile quer investigar casos de tortura de manifestantes

Quatorze policiais são suspeitos de abusos cometidos durante as quase três semanas protestos e tumultos intensos no país

Internacional|Do R7

Repressão a manifestações será alvo de inivestigações
Repressão a manifestações será alvo de inivestigações

Um procurador chileno disse, nesta quarta-feira (6), que buscará autorização da Justiça para investigar 14 policiais suspeitos de torturaram manifestantes durante as quase três semanas protestos e tumultos intensos no Chile.

Manual Guerra, procurador do leste de Santiago, disse que a investigação diz respeito a dois casos separados ocorridos durante os nove dias do estado de emergência decretados na capital a partir de 18 de outubro.

Um tem relação com as ações de 12 policiais em Nunoa, um subúrbio boêmio de Santiago em que manifestantes desafiaram um toque de recolher para realizar noites sucessivas de manifestações grandes, mas em sua maior parte pacíficas, em uma praça central, disse um porta-voz de Guerra à Reuters sem dar maiores detalhes.

O segundo se relaciona a dois agentes da área de classe média baixa de La Florida que foram acusados de espancar um jovem que estava algemado, segundo o porta-voz.


23 mortes, 7 mil detidos, 2.500 feridos

Os supostos casos tiveram como pano de fundo 20 dias de revoltas em massa, saques e, mais recentemente, protestos pacíficos contra a desigualdade endêmica em uma das nações mais ricas da América Latina.


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Os piores tumultos do Chile desde o final da ditadura de Augusto Pinochet, que durou de 1973 a 1990, causaram ao menos 23 mortes, mais de 7 mil detenções e ferimentos em 1.659 manifestantes e 800 policiais, de acordo com autoridades e grupos de direitos humanos.

Procuradores estão investigando mais de 800 alegações de abuses, incluindo tortura, estupro e espancamentos realizados por forças de segurança durante manifestações contra a desigualdade e o custo de vida que muitas vezes degeneraram em violência.

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