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Reabertura de caso na Suécia permitirá que Assange limpe nome

Fundador do Wikileaks enfrenta acusação de estupro. Caso havia sido arquivado há dois anos diante da impossibilidade de avanços na investigação

Internacional|Da EFE

Julian Assange foi detido em Londres
Julian Assange foi detido em Londres

O editor-chefe do site WikiLeaks, o islandês Kristinn Hrafnsson, considerou nesta segunda-feira (13) que a reabertura do caso de um suposto crime de estupro contra Julian Assange na Suécia permitirá que ele "limpe seu nome" e negou que o mesmo tenha "se evadido" do interrogatório das autoridades suecas.

O Ministério Público da Suécia informou que reabrirá o caso e ativará a ordem de detenção europeia depois de tê-lo arquivado há dois anos diante da impossibilidade de avançar na investigação.

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"Desde que a investigação foi arquivada em 2017, recebemos informação sobre a destruição de arquivos e correspondências em nome das autoridades suecas e do Reino Unido, seguramente um obstáculo para uma investigação exaustiva", acrescentou Hrafnsson.

Assange foi detido em 11 de abril na embaixada do Equador em Londres depois que o país sul-americano retirou seu asilo. O jornalista permanece retido em uma prisão de Londres enquanto aguarda a decisão da Justiça britânica diante de um pedido de extradição solicitado pelas autoridades dos Estados Unidos.


Nesse sentido, o editor-chefe do WikiLeaks afirmou que, desde a detenção de Assange, houve muita pressão política sobre a Suécia para que reabrisse as investigações.

"O caso foi mal abordado o tempo todo", afirmou o representante do WikiLeaks.


"Assange sempre esteve disposto a responder a qualquer pergunta das autoridades suecas e se ofereceu a fazer isso diversas vezes durante seis anos. A afirmação divulgada pelos veículos de imprensa de que Assange evadiu-se do interrogatório sueco é falsa", disse.

A promotora superior adjunta Eva-Marie Persson, que ativará a ordem de detenção europeia, explicou que a reabertura do caso foi decidida por conta da mudança nas circunstâncias pessoais de Assange depois que o Equador retirou seu asilo e da solidez das suspeitas contra o jornalista australiano.


Além de capturar Assange por um pedido de extradição dos EUA, a polícia britânica o prendeu por violar as condições de liberdade condicional impostas pela Justiça do Reino Unido em 2012 em relação a uma solicitação de extradição para Suécia.

Dois dias depois de sua detenção, mais de 70 parlamentares britânicos, a maioria do Partido Trabalhista, assinaram uma carta pedindo ao ministro de Interior, Sajid Javid, que a Justiça sueca possa analisar "adequadamente" a denúncia de estupro.

Segundo as autoridades suecas, o suposto crime pelo qual Assange estava sendo investigado prescreve em agosto de 2020.

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