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Recursos de 4 condenados do mensalão são negados pelo STF

Internacional|Do R7

Eduardo Davis. Brasília, 14 ago (EFE).- O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta quarta-feira os primeiros recursos apresentados pelos 25 condenados do "mensalão" ao começar a análise das apelações dos réus do caso. Os recursos que começaram a ser julgados hoje se referem a assuntos de caráter técnico, como possíveis omissões no processo, alegadas contradições nas penas e justificativas das condenações que os advogados defensores consideraram pouco claras. Nas próximas sessões serão analisadas diversas apelações que pedem desde a redução das penas aplicadas a alguns dos réus até a realização de um novo julgamento em outros casos. As penas determinadas na fase processual variam de dois anos até 40 anos de prisão. O atual presidente do STF, Joaquim Barbosa, abriu a sessão submetendo ao plenário questões comuns a todos os embargos. Depois de negadas, o mais recente ministro da casa, Roberto Barroso, fez um discurso forte de condenação à prática de corrupção e a forma como a política é exercida no país. "A sociedade brasileira está exausta do modo como se faz política, a catarse representada do julgamento da ação penal 470 (mensalão) é um dos muitos sinais visíveis dessa fadiga institucional" discursou Barroso, que assumiu a vaga de Ayres Britto no Supremo neste ano. Ele sustentou que esse "sentimento" é "palpável" nos protestos que acontecem no país desde junho, e se devem "à incapacidade da política institucional de vocalizar os anseios da sociedade". Barroso criticou o "papel central do dinheiro como consequência do custo astronômico das campanhas políticas". E citou outras características negativas do sistema político: "o papel central do dinheiro, a irrelevância programática dos partidos que funcionam como rótulos para candidaturas e o sistema eleitoral e partidário que dificulta a formação de maioria estáveis". Segundo os cálculos do próprio tribunal, para julgar todos os recursos que foram apresentados pelos advogados dos 25 réus condenados serão necessárias pelo menos seis audiências, que serão realizadas duas vezes por semana. EFE ed/cd/id (foto)

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