Robô ucraniano resgata três soldados cercados pelo Exército russo; veja vídeo
Dispositivo militar atravessou a chamada “zona cinzenta”, onde qualquer movimento pode ser detectado e retaliado pela Rússia
Internacional|Do R7

Em uma missão envolvendo robótica militar na Ucrânia, o protótipo terrestre Ardal percorreu 17 quilômetros sob fogo de morteiros e artilharia para resgatar três soldados feridos que estavam cercados pelas forças russas há um mês. O Ministro da Transformação Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, anunciou a missão no Telegram na quarta-feira (2).
O robô militar Ardal foi desenvolvido pela empresa ucraniana BUREVII, participante do cluster de defesa Brave1, que fomenta o desenvolvimento de tecnologia militar no país. Segundo Fedorov, engenheiros da BUREVII participaram do planejamento da operação junto com as tropas das 92ª e 154ª brigadas blindadas.
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A missão ocorreu em uma zona da linha de frente onde drones inimigos operam para identificar alvos e coordenar ataques de artilharia. Para garantir a operação, foram mobilizados mais de 50 combatentes, incluindo equipes de guerra eletrônica e reconhecimento aéreo. Drones bombardeiros foram usados para distrair o inimigo e permitir o avanço do Ardal.
O robô atravessou a chamada “zona cinzenta”, onde qualquer movimento pode ser detectado e retaliado pelo inimigo. A missão contou com sistemas de guerra eletrônica para suprimir sinais de comunicação inimigos e reduzir a capacidade russa de coordenar ataques. O Ardal alcançou os soldados feridos, resgatou-os e transportou-os até um hospital. Ao final da missão, o robô retornou ileso.
Ainda segundo Fedorov, o governo ucraniano está investindo na aquisição de plataformas robóticas terrestres, com o objetivo de transferir tarefas logísticas para esses equipamentos. A intenção é minimizar riscos para os soldados e aumentar a eficiência das operações militares.
Em 31 de março, o chefe do departamento de compras do Ministério da Defesa, Gleb Kanevsky, anunciou planos para implantar 15 mil sistemas robóticos na linha de frente até 2025. Esses equipamentos poderão realizar evacuações médicas, transporte de suprimentos e apoio ao combate.
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