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Rússia acusa EUA de atentar contra soberania da Venezuela

Moscou disse que Washington quer criar 'estruturas governamentais alternativas' no país latino-americano e reiterou apoio a Maduro

Internacional|Do R7

Rússia reiterou seu apoio a Nicolás Maduro
Rússia reiterou seu apoio a Nicolás Maduro

A Rússia acusou os Estados Unidos nesta sexta-feira (11) de atentar abertamente contra a soberania da Venezuela ao promover a criação de "estruturas governamentais alternativas" no país latino-americano, e reiterou seu apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

"A desavergonhada política de Washington, que aponta para a criação anticonstitucional de estruturas governamentais alternativas da Venezuela (...), é um atentado aberto contra a soberania venezuelana", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.

Moscou destacou que as tentativas de aplicar na Venezuela a Carta Democrática Interamericana por uma suposta ruptura da ordem democrática é uma "via absolutamente sem perspectivas".

"Não se deve provocar uma maior divisão da sociedade venezuelana. É preciso promover a busca da concórdia, a união dos esforços do governo e a oposição a fim de diminuir a tensão", acrescentou a pasta de Exteriores russa.


Na opinião da diplomacia da Rússia, muitos países latino-americanos compartilham deste ponto de vista.

"Vemos que em uma série de capitais europeias maduras a compreensão da importância de encontrar novas fórmulas de mediação para devolver as autoridades e a oposição venezuelanas à mesa de negociações, algo que consideramos um sinal positivo", destacou o departamento dirigido por Sergei Lavrov.


A pasta de Exteriores também confirmou que a Rússia "cooperará estreitamente com a Venezuela, com o seu povo e as suas autoridades legítimas", e seguirá aprofundando suas relações de parceiros estratégicos com Caracas.

"Continuaremos ajudando a Venezuela para que saia da complexa situação econômica em que se encontra", indicou Moscou.

Maduro tomou posse nesta quinta-feira para um segundo mandato como presidente da Venezuela em meio a críticas internacionais sobre a legitimidade da sua vitória nas eleições de maio do ano passado.

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