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Russo suspeito de derrubar avião diz que não prestará depoimento

Igor Guirkin é um dos quatro homens apontados responsáveis por ataque a aeronave da Malasya Airlines, que deixou 298 mortos na Ucrânia, em 2014

Internacional|Da EFE

Russo é acusado de participar de ataque a avião
Russo é acusado de participar de ataque a avião

O russo Igor Guirkin, conhecido como Strelkov, apontado nesta quarta-feira (19) como um dos quatro suspeitos de provocar a queda do avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia em 2014, afirmou que não teve nenhuma responsabilidade nesses fatos e anunciou que não prestará depoimento.

"Não, não vou", respondeu Guirkin à agência Interfax ao ser perguntado sobre se estava disposto a prestar depoimento diante da Justiça holandesa.

A Equipe de Investigação Conjunta (JIT) responsabilizou nesta quarta-feira (19) em entrevista coletiva na cidade holandesa de Nieuwegein três russos e um ucraniano pelo envolvimento na queda do voo HM17 e anunciou que todos serão julgados em 2020.

Guirkin, que foi ministro de Defesa da autoproclamada república popular de Donetsk, no leste da Ucrânia, ressaltou que as milícias não tiveram responsabilidade na queda do avião, derrubado com um míssil terra-ar Buk.


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"Não quero nem comentar. Nem eu e nem outros milicianos tivemos nada a ver", disse Guirkin sobre a queda da aeronave, que causou a morte de 298 pessoas.

Um membro do entorno de Sergei Dubinski, outro suspeito, indicou que este também não comparecerá diante da Justiça pelo caso.


"Não pensa em comparecer a nenhum tribunal, não prestará depoimento porque não há nada a declarar. Além disso, ele não viaja para o Ocidente", declarou a fonte à agência Interfax após o anúncio de que as autoridades holandesas emitirão uma ordem internacional de detenção para os quatro suspeitos.

A fonte acrescentou que "Sergei se aposentou em 2014 e desde então vive na Rússia" e que "não teve nada a ver com o assunto do Boeing, não se ocupa de temas militares e está afastado da vida pública".


Além de Guirkin e Dubinski, a JIT apontou como suspeitos o também russo Oleg Pulatov e o ucraniano Leonid Kharchenko.

Moscou rejeitou os dois principais argumentos da comissão de investigação, de que o míssil que abateu o aparelho foi lançado de uma zona controlada pelos separatistas pró-Rússia e que a plataforma de lançamento tivesse sido transportada da Rússia, para onde teria retornado após a catástrofe.

As autoridades russas reprovaram a JIT por ter admitido especialistas da Ucrânia, parte envolvida no fato, e ignorado as contribuições de Moscou.

No entanto, o Serviço de Segurança e a Promotoria Geral da Ucrânia abriram causas penais contra os quatro suspeitos apontados pelo JIT, segundo informaram hoje em comunicados.

A Ucrânia fará tudo o que estiver em suas mãos para prender o cidadão ucraniano Kharchenko, disse sobre a investigação internacional o procurador-geral ucraniano, Yuriy Lutsenko, de acordo com a agência "Interfax".

"Trataremos de prender esta pessoa e faremos tudo o que pudermos. Se tivermos sucesso, organizaremos uma audiência na Holanda e, conforme o acordo internacional entre a Ucrânia e a Holanda, cumpriremos com a decisão do tribunal com relação a esta pessoa", destacou Lutsenko.

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