Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Sanções vão gerar onda migratória, dizem talibãs a EUA e Europa

Líderes do grupo extremista se reuniram com diplomatas em Catar, enquanto tentam estabilizar o Afeganistão

Internacional|Do R7


Líderes do Talibã em encontro com diplomatas da UE e dos EUA, em Doha, Catar
Líderes do Talibã em encontro com diplomatas da UE e dos EUA, em Doha, Catar

Os talibãs alertaram delegados dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) para a possibilidade de que as sanções econômicas contra o governo afegão podem minar a segurança internacional e deflagrar uma onda de refugiados econômicos. As declarações ocorreram durante encotro em Catar.

O ministro talibã interino das Relações Exteriores, Amir Khan Muttaqi, disse a diplomatas ocidentais em Doha que "enfraquecer o governo afegão não é do interesse de ninguém, porque seus efeitos negativos afetarão diretamente a segurança do mundo e a migração econômica do país", de acordo com um comunicado divulgado na noite da última terça-feira (12).

Os talibãs, islamistas radicais, derrubaram o governo afegão apoiado pelos EUA em agosto passado, após um conflito de duas décadas para impor sua rígida interpretação da lei religiosa.

Suas tentativas de estabilizar o país, que enfrenta ataques do grupo extremista Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), viram-se, no entanto, afetadas pelas sanções internacionais. No momento, bancos estão sem dinheiro, e funcionários públicos estão sem receber salário.

Publicidade

"Pedimos aos países do mundo que acabem com as sanções e permitam que os bancos operem normalmente para que grupos de assistência, organizações e governo possam pagar salários com as próprias reservas e assistência financeira internacional", apelou Muttaqi, segundo a nota, na reunião de Doha.

Leia também

Os países europeus temem que um colapso da economia afegã provoque uma saída em massa de migrantes. Esse fluxo pressionaria países vizinhos, como Paquistão e Irã, e, eventualmente, as fronteiras da UE.

Washington e a UE disseram estar preparados para apoiar iniciativas humanitárias no Afeganistão, mas preocupados em dar assistência direta aos talibãs sem garantias de que respeitarão os direitos humanos, especialmente os das mulheres.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.