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Suposto membro do ETA preso no Rio deve ser solto nos próximos dias

Internacional|Do R7

Rio de Janeiro, 19 mar (EFE).- O suposto membro da organização terrorista ETA, Joseba Gotzon Vizán González, detido no Rio de Janeiro há dois meses, sairá em liberdade nos próximos dias graças a um habeas corpus, informou nesta terça-feira seu advogado. "O Tribunal Federal Regional da Segunda Região concedeu hoje parcialmente um habeas corpus para decidir que seja posto em liberdade e submetido à monitoração eletrônica", disse à Agência Efe por telefone o advogado Paulo Freitas Ribeiro, defensor do suposto "etarra", sobre quem pesa um pedido de extradição. Vizán González, conhecido como "Potxolin" e acusado de pertencer ao "Comando Vizcaya" da ETA, foi detido no último dia 18 de janeiro pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde vivia desde 1996 sob a identidade falsa de Aitor Julián Arechaga Echevarría, que aparentemente é outro cidadão espanhol sem relação alguma com o suposto "etarra". Segundo o advogado, "o tribunal entendeu que a acusação contra ele (Vizán González) no Brasil (pelo delito de falsidade ideológica) era de gravidade média que não justificaria a prisão" e por isso o habeas corpus foi concedido. "A ordem de liberdade deve ser cumprida nos próximos dias. O tribunal deve publicar amanhã a decisão e é provável que na quinta-feira ou sexta-feira saia em liberdade", acrescentou o advogado. Segundo Freitas Ribeiro, uma vez em liberdade, seu cliente terá que permanecer em seu domicílio e deverá usar um dispositivo eletrônico em um dos tornozelos para que a polícia possa saber sua localização. "O pedido original do habeas corpus era que não houvesse nenhuma restrição, mas cada um dos três juízes que examinou o caso votou diferente e no final prevaleceu o voto médio", explicou o advogado. A detenção de Vizán González aconteceu em virtude de uma ordem europeia de detenção e entrega ditada pela Audiência Nacional, tribunal espanhol encarregado dos crimes de terrorismo. Vizán González está acusado de participar em 14 de janeiro de 1988, junto com outros membros do "Comando Vizcaya", no atentado com uma bomba colocada no veículo do policial Manuel Muñoz Domínguez, que ficou gravemente ferido. Dias depois, com o mesmo procedimento, supostamente tentou assassinar o policial José María Diéguez García, em Bilbao. No dia 13 de abril de 1988, os membros do "Comando Vizcaya", com suposto apoio de Vizán González, realizaram uma tentativa fracassada de atentado, mediante o lançamento de granadas, contra uma delegacia do País Basco. Em 1991, após a desarticulação do "Comando Vizcaya", o detido fugiu da Espanha e se estabeleceu primeiro na França e depois no México em 1993, após o que chegou ao Brasil em 1996. Poucos dias após sua detenção, os advogados de Vizán González apresentaram um pedido de refúgio no Brasil a fim de evitar sua extradição à Espanha. O suposto membro do grupo terrorista se dedicava no Rio de Janeiro a dar aulas de espanhol e a fazer traduções, segundo a polícia, e no ano passado iniciou os trâmites para obter a residência permanente no país. EFE joc/rsd

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