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Suprema Corte do Peru avalia pedido do Ministério Público para manter Castillo preso por sete dias

Ex-presidente é acusado de rebelião e conspiração após tentativa de golpe de Estado na última quarta-feira (7)

Internacional|Do R7

O então presidente do Peru, Pedro Castillo, se dirige ao público durante evento em Lima
O então presidente do Peru, Pedro Castillo, se dirige ao público durante evento em Lima

A Suprema Corte peruana avalia nesta quinta-feira (8) um pedido do Ministério Público para manter sob custódia por sete dias o ex-presidente deposto Pedro Castillo, acusado de rebelião e conspiração após a tentativa de golpe de Estado que fracassou na última quarta-feira (7).

Castillo estava presente na audiência, transmitida ao vivo pela emissora de televisão do Poder Judiciário.

“O Supremo Tribunal de Inquéritos avalia a exigência de prisão preventiva por flagrante delito por sete dias contra o ex-presidente #PedroCastillo, investigado pelo crime de rebelião e formação de quadrilha”, anunciou o Judiciário na rede social Twitter.

Castillo estava acompanhado de um de seus advogados, Aníbal Torres, que foi seu ministro da Justiça e chefe de gabinete durante seu governo (2021-2022).


O ex-presidente de 53 anos, que parecia abatido e com o rosto contorcido, estava vestindo a mesma jaqueta azul com a qual foi preso no dia anterior.

Castillo, visivelmente nervoso, recusou-se a intervir perante o tribunal para responder às acusações em seu direito de defesa, dando a palavra a seus advogados.


“É claro que o crime de rebelião não foi configurado aqui, porque não se concretizou", argumentaram os advogados de Castillo.

"Pedimos que o pedido da acusação seja declarado improcedente", sublinhou a sua defesa, afirmando que os fatos de que foi acusado não foram consumados porque nem o Congresso nem as Forças Armadas cumpriram a ordem de dissolução ou a aplicação do toque de recolher.


A decisão do tribunal será conhecida "dentro do prazo legal mais curto possível", anunciou o tribunal.

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A polícia deteve Castillo quando ele se dirigia à embaixada mexicana na capital peruana para pedir asilo.

A promotoria atribuiu os crimes a Castillo depois de ele ter ordenado o fechamento temporário do Congresso, a intervenção do sistema judiciário e decretado um governo de emergência fora da Constituição. Os crimes imputados a Castillo são puníveis com pena de 10 a 20 anos de prisão.

Nos arredores da base policial das forças especiais onde o ex-presidente se encontra, um grupo de partidários de Castillo exigiu sua libertação.

O Peru vive uma cascata de acontecimentos em meio a uma crise política sem fim que levou Dina Boluarte, até então vice-presidente, ao poder nesta quarta-feira.

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