Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Tempestade Ian perde força após deixar ao menos 23 mortos e 10 mil desaparecidos nos Estados Unidos

Depois de causar inundações na Carolina do Sul e em parte da Flórida, furacão se torna ciclone pós-tropical neste sábado (1º) 

Internacional|Do R7, com agências

Morador limpa rua em Charleston, Carolina do Sul, após passagem do furacão Ian
Morador limpa rua em Charleston, Carolina do Sul, após passagem do furacão Ian

A tempestade Ian começou a perder força neste sábado (1º), em sua passagem pelo sudeste dos Estados Unidos, após causar inundações na Carolina do Sul e devastar boa parte da Flórida. Segundo autoridades deste estado, já foram contabilizados 23 mortos. Cerca de 10 mil pessoas estavam desaparecidas até a manhã de sexta (30), desabrigadas ou em locais sem energia, disse Kevin Guthrie, diretor da Divisão de Gerenciamento de Emergências da Flórida.

Ian chegou à Carolina do Sul na sexta-feira à tarde, como furacão de categoria 1, com ventos de até 140 km/h, segundo o NHC (sigla, em inglês, do Centro Nacional de Furacões). Depois, se tornou ciclone pós-tropical. 

Na manhã de hoje, por volta das 6h (no horário de Brasília), a velocidade dos ventos caiu para cerca de 50 km/h, em sua passagem pela Carolina do Norte, informou o centro de monitoramento. A expectativa é que ele se enfraqueça ainda mais no decorrer do dia.

Ian "deve se dissipar sobre o centro-sul de Virgínia" no sábado à noite, estima o NHC, embora ainda possam ocorrer condições traiçoeiras em partes das Carolinas, Virgínia e Virgínia Ocidental na manhã do domingo (2). Há risco de chuvas e inundações "moderadas" no centro dos Apalaches e no nordeste dos Estados Unidos.


"Grandes inundações e até recordes [no volume] dos rios continuarão no centro da Flórida até a próxima semana. Enchentes limitadas, urbanas e de pequenos córregos são possíveis nos Apalaches centrais e no sul do Atlântico Médio neste fim de semana, com pequenos transbordamentos de rios esperados nas Carolinas costeiras", diz o centro.

Além dos estados Carolina do Sul e do Norte, a Flórida também teve um sábado de varredura massiva da destruição causada pelo furacão, que já é considerado uma das tempestades mais poderosas a atingir o continente americano, causando dezenas de bilhões de dólares em danos.


Imagens da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica mostraram que várias casas de praia e a instalação de um hotel que margeavam a costa da ilha Sanibel, na Flórida, foram varridos pela tempestade. Embora a maioria das casas ainda estivesse de pé, elas pareciam ter o telhado e outras estruturas danificados.

O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu aos cidadãos que não ignorem os alertas das autoridades locais. Na Carolina do Sul, por exemplo, há a orientação de evitar a circulação por estradas alagadas.


"É uma tempestade perigosa, que trará ventos fortes e muita água, mas o mais perigoso será o erro humano. Sejam inteligentes, tomem boas decisões, verifiquem como estão seus amigos e familiares e se mantenham a salvo", disse o governador Henry McMaster, por meio de seu perfil no Twitter.

Cerca de 575 mil famílias e empresas ficaram sem energia elétrica ontem, sexta-feira (30), à noite na Carolina do Sul, Carolina do Norte e Virgínia, segundo o site PowerOutage. Na Flórida, mais de 1,4 milhão de consumidores permaneciam sem energia elétrica dois dias depois da passagem de Ian.

Danos na Flórida

A tempestade atingiu a costa do golfo da Flórida na quarta-feira (28), transformando cidades litorâneas em áreas de desastre. Em Kissimmee, na região de Orlando, autoridades percorreram as áreas inundadas de barco, para resgatar moradores que ficaram presos em casa.

No estado, além do alto número de vítimas, os danos materiais foram considerados "históricos" pelo governador Ron DeSantis, devido às inundações sem precedentes. Os dados sobre mortos e desaparecidos e os custos de reparo permanecem incertos.

Kevin Guthrie, diretor da Divisão de Gerenciamento de Emergências do estado, disse que houve relatos de mais de 20 mortes, enfatizando que algumas delas permanecem não confirmadas. Cerca de 10 mil pessoas estavam desaparecidas, afirmou, mas muitas delas, provavelmente, estariam em abrigos ou em locais sem energia.

As seguradoras se preparam para um impacto entre US$ 28 bilhões e US$ 47 bilhões, o que faria de Ian a tempestade mais custosa da Flórida, desde o furacão Andrew, em 1992, de acordo com a empresa americana de dados e análises de propriedades CoreLogic.

Biden emitiu uma declaração sobre o desastre, disponibilizando recursos federais para os condados afetados pela tempestade. "Estamos apenas começando a ver a magnitude da destruição, [...] que provavelmente está entre as piores [da história dos Estados Unidos]. A reconstrução levará meses, anos", estimou.

Devastação

A cidade de Fort Myers, na Flórida, perto do local aonde o olho da tempestade chegou, sofreu o maior golpe, com várias casas destruídas. Centenas de moradores foram a uma loja Home Depot, no lado leste da cidade, na esperança de comprar latas de gás, geradores, água engarrafada e outros suprimentos. A fila era tão extensa quanto o comprimento de um campo de futebol.

Na sexta, a tempestade atingiu a orla de Georgetown, ao norte da cidade histórica de Charleston, na Carolina do Sul, com ventos de 140 km/h. Estradas foram inundadas e bloqueadas por árvores, enquanto vários cais foram danificados.

No sábado, Biden também declarou emergência na Carolina do Norte.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.