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Trump assiste a outra audiência de seu julgamento civil em NY

Ex-presidente falou com jornalistas ao chegar ao tribunal de Manhattan e voltou a chamar o processo de 'caça às bruxas'

Internacional|Do R7

Trump voltou a assistir às audiências de seu julgamento
Trump voltou a assistir às audiências de seu julgamento

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump voltou nesta terça-feira (17) a assistir às audiências do seu julgamento civil por alegada fraude financeira, alternando entre os púlpitos eleitorais e os tribunais.

Trump, de 77 anos, falou com jornalistas ao chegar ao tribunal de Manhattan e atacou a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que abriu o processo de fraude civil contra ele, o magistrado que preside o julgamento e o presidente democrata Joe Biden.

"Esta é uma caça às bruxas levada a cabo por um procurador-geral radical e lunático. E é muito injusto", afirmou Trump.

"Este é um julgamento fraudado", acrescentou o ex-presidente, afirmando que é presidido por um "juiz democrático" que tem uma visão "muito liberal".


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Trump, o favorito à nomeação presidencial do Partido Republicano nas eleições de 2024, também afirmou, falsamente, que o juiz federal que presidiu seu julgamento em Washington por conspirar para anular as eleições de 2020 nos EUA lhe retirou o "direito de falar".

"Eles tiraram minha voz. Sou um candidato às eleições e não tenho permissão para falar", disse Trump.


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"Tudo isso é uma configuração que vem do Departamento de Justiça", declarou o magnata. "Tudo foi armado por Biden e seus capangas com os quais está cercado para tentar roubar de mim uma vitória eleitoral que ele não tem o direito de conquistar", enfatizou.

A juíza Tanya Chutkan não retirou o "direito de falar" de Trump na segunda-feira (16). Em vez disso, ordenou-lhe que não atacasse publicamente procuradores, funcionários judiciais nem potenciais testemunhas antes do julgamento que está previsto para começar em março de 2024.

A decisão de Tanya ocorreu depois de o procurador especial Jack Smith, um alvo frequente de Trump, ter apresentado uma moção em que alega que a retórica inflamatória do magnata imobiliário ameaçava minar o seu julgamento de subversão eleitoral.

O juiz Arthur Engoron, que supervisiona o julgamento por fraude civil, também impôs uma ordem de silêncio limitada ao ex-presidente neste mês, depois de ele ter insultado um funcionário do tribunal numa publicação nas redes sociais.

Engoron proibiu "todas as partes de publicar, enviar emails ou falar publicamente" sobre seus funcionários judiciais.

Sanções milionárias

Durante os primeiros três dias de audiências, às quais não é obrigado a comparecer, Trump não perdeu a oportunidade de aparecer diante das câmeras como vítima de uma maquinação judicial arquitetada pelos democratas, enquanto a sua equipe de campanha pedia donativos aos seus apoiadores.

Trump, que ambiciona regressar à Casa Branca em 2024, já tinha assistido à abertura desse julgamento, no início de outubro, em que ele e dois dos seus filhos, Eric e Donald Jr., são acusados ​​de terem sobrevalorizado centenas de milhões de dólares de seus campos de golfe, residências e arranha-céus em Nova York para obter empréstimos mais vantajosos dos bancos.

O ex-presidente tem muito em jogo nesse julgamento civil, que ameaça custar-lhe o controle do seu império empresarial, além de sanções econômicas de até US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão).

O regresso de Trump ao tribunal nesta terça-feira gerou previsões de um duelo explosivo com o seu ex-advogado, que se tornou inimigo jurado, Michael Cohen. Mas o depoimento de Cohen foi adiado por razões médicas.

Trump também deverá comparecer às audiências na quarta (18) e na quinta-feira (19), depois de dois comícios na segunda-feira no estado de Iowa, numa corrida para vencer as primárias republicanas, para as quais é favorito nas sondagens.

No total, quatro processos criminais aguardam o republicano, incluindo um por ter sido apontado pelas suas tentativas de reverter os resultados de 2020, que será aberto em 4 de março num tribunal federal em Washington.

Fraudes demostradas

No caso civil, o procurador-geral do estado de Nova York acusa Trump, os seus dois filhos e dois ex-executivos da Trump Organization de sobrevalorizarem significativamente as suas propriedades durante a década de 2010, desde o seu triplex na Trump Tower até aos edifícios na Park Avenue e 40 Wall Street, todos em Nova York.

Mesmo antes do início do julgamento, o juiz Engoron decidiu que a fraude repetida tinha sido provada, e que os ativos tinham sido supervalorizados entre 2014 e 2021.

Como resultado, ordenou a apreensão e a liquidação de empresas que poderiam levar ao desmantelamento do império imobiliário de Donald Trump, mas o seu pedido foi suspenso em recurso.

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