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Encontro de Trump e Putin termina sem acordo para cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia

Segundo Donald Trump, ‘não há acordo até que haja um acordo’; ele prometeu conversar com Volodymyr Zelensky sobre o encontro

Internacional|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Trump e Putin não chegaram a um acordo para cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.
  • As conversas foram descritas como “extremamente produtivas”, mas faltam pontos a serem abordados.
  • Trump planeja informar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre a reunião.
  • Putin elogiou o empenho americano e destacou a relação direta entre os dois países.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Putin e Trump
Putin e Trump tiveram reunião no Alasca nesta sexta Reprodução/X/@RapidResponse47 - 15.8.2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, informaram nesta sexta-feira (15) que não chegaram a um acordo para que haja um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.

Os dois fizeram a declaração após reunião em uma base militar americana no Alasca para discutir a possibilidade de um acordo para dar fim à guerra entre os países europeus.


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Trump afirmou que as conversas foram “extremamente produtivas” e resultaram em avanços em vários pontos sobre a guerra na Ucrânia. No entanto, ele ressaltou que ainda não existe um acordo fechado.

“Concordamos em muitos pontos, a maioria deles, mas alguns ainda não abordamos. Portanto, não há acordo até que haja um acordo”, disse Trump.


O presidente dos EUA disse que vai telefonar para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para falar sobre como foi a reunião com Putin. “Ligarei para o presidente Zelensky e lhe contarei sobre a reunião de hoje. Em última análise, depende deles. Eles terão que concordar.”

Ligação para a Otan

O republicano também afirmou que pretende conversar nas próximas horas com representantes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), grupo do qual a Ucrânia quer fazer parte.


A Rússia vê a aproximação da Ucrânia com a Otan como uma ameaça estratégica por considerar que a entrada do país na aliança militar ocidental colocaria forças e infraestrutura bélica próximas demais de suas fronteiras, reduzindo sua zona de segurança.

“Vou começar a fazer alguns telefonemas e contar o que aconteceu. Mas tivemos uma reunião extremamente produtiva, e muitos pontos foram acertados. Restam apenas alguns. Alguns não são tão significativos. Um é provavelmente o mais significativo, mas temos uma boa chance de chegar lá. Não chegamos lá, mas temos uma boa chance de chegar lá”, destacou Trump.


Rússia está “sinceramente interessada” em encerrar guerra, diz Putin

Putin afirmou que o país está “sinceramente interessado” em encerrar a guerra na Ucrânia, mas defendeu que qualquer acordo de paz precisa atacar as “raízes primárias” do conflito. Segundo ele, isso inclui considerar as “preocupações legítimas” de Moscou e restabelecer um “equilíbrio justo de segurança” na Europa e no mundo.

Putin declarou concordar com Trump sobre a necessidade de garantir também a segurança ucraniana. “Naturalmente, estamos preparados para trabalhar nisso. Gostaria de esperar que o acordo que alcançamos juntos nos ajude a aproximar esse objetivo e abra caminho para a paz na Ucrânia”, disse.

O líder russo afirmou esperar que Kiev e as capitais europeias recebam as negociações “de forma construtiva” e que não adotem medidas para prejudicar o progresso obtido até agora. Ele alertou contra o uso de “acordos secretos” para provocar incidentes ou inviabilizar avanços no diálogo.

Putin destaca empenho dos EUA

Putin afirmou que vê empenho do governo americano para tentar facilitar a resolução da guerra entre Rússia e Ucrânia. Segundo ele, o contato entre Trump e ele tem sido “direto e muito bom”, com conversas francas por telefone e intercâmbio frequente entre autoridades dos dois países.

Putin destacou o trabalho do enviado especial americano, Steve Witkoff, que viajou várias vezes a Moscou, além da comunicação constante entre assessores e ministros das Relações Exteriores.

“Espero que os acordos de hoje sejam o ponto de partida não apenas para a solução da questão ucraniana, mas também ajudem a restaurar relações comerciais e pragmáticas entre a Rússia e os EUA”, destacou Putin.

O líder russo reiterou que a guerra tem relação com “ameaças fundamentais” à segurança do país dele e voltou a classificar a Ucrânia como uma “nação fraterna”.

“Por mais estranho que pareça nessas condições, temos as mesmas raízes e tudo o que está acontecendo é uma tragédia para nós e uma ferida terrível”, disse Putin.

Trump elogiou a postura de Putin e disse que ambos compartilham o objetivo de reduzir o número de mortes no conflito. “Vamos impedir que 5.000, 6.000, 7.000 pessoas sejam mortas por semana. O presidente Putin quer ver isso tanto quanto eu”, afirmou o americano.

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