Veja os possíveis substitutos de Liz Truss à frente do governo britânico
Primeira-ministra britânica renunciou ao cargo político nesta quinta-feira (20) após apenas 45 dias de mandato
Internacional|Do R7, com informações da AFP
A renúncia nesta quinta-feira (20) da atual primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, significa que o Partido Conservador realizará uma votação interna entre hoje e o fim da próxima semana.
Como possíveis candidatos à sucessão estão:
Rishi Sunak
O ex-ministro da Fazenda Rishi Sunak foi derrotado por Liz Truss na fase final do processo de eleição de um novo líder conservador no início de setembro, que foi decidido pelas bases do partido, mas foi o candidato preferido dos deputados.
O ex-banqueiro bilionário de 42 anos é uma figura tranquilizadora que defende a ortodoxia fiscal.
Durante a campanha em agosto, ele alertou repetidamente que cortes de impostos não financiados piorariam a inflação, que está em seu nível mais alto em décadas, e minariam a confiança do mercado.
Os fatos provaram que Sunak estava certo. No entanto, o político tem um fator importante contra ele: muitos parlamentares leais a Boris Johnson o veem como o traidor cuja renúncia em julho precipitou a queda do carismático e controverso primeiro-ministro.
Jeremy Hunt
O novo ministro das Finanças Jeremy Hunt surgiu como o que detinha as rédeas do poder diante do enfraquecimento de Truss, que foi forçada a desistir do próprio plano econômico e nomeá-lo como chefe da pasta do Tesouro.
Foi Hunt quem anunciou na última segunda-feira (17) a retirada espetacular de quase todas as medidas fiscais de Truss, que haviam causado pânico nos mercados.
Esse pouco carismático mas muito experiente ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e da Saúde, de 55 anos, assegurou recentemente à BBC que depois de duas tentativas falhas de se tornar líder do partido e chefe de governo, em 2019 e em julho passado, não quer participar em novos concursos.
Penny Mordaunt
A ministra encarregada das relações com o Parlamento, que também concorreu em julho com Truss para suceder Boris Johnson, era a favorita das bases conservadoras na referida eleição, mas foi descartada no último momento pelos deputados.
A carismática ex-ministra da Defesa, de 49 anos, esteve em exibição na segunda-feira quando compareceu ao Parlamento com o objetivo de substituir Truss para responder à oposição, defendendo com desenvoltura a mudança na política econômica do governo.
A hipótese de uma candidatura de Mordaunt-Sunak surgiu recentemente e o jornal conservador The Times mencionou conversas não confirmadas a esse respeito na terça-feira (18).
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Boris Johnson
É um cenário que circula na imprensa conservadora há meses: como uma fênix, o polêmico Johnson faria seu retorno, impondo-se como uma escolha óbvia.
Sua vitória esmagadora nas eleições de 2019 deu aos conservadores uma maioria que não era vista desde Margaret Thatcher na década de 1980.
O herói do Brexit tem, no entanto, grandes obstáculos a superar. Sua renúncia forçada em julho deste ano — após uma multiplicação de escândalos que incluem festas na sede do poder (Downing Street), violando as regras anticovid — continua fresca. Parte do atual desastre conservador entra na conta de Boris.
Além disso, resta saber se Johnson, agora aos 58 anos e embarcando em uma lucrativa carreira como palestrante ao redor do mundo, estaria disposto a assumir novamente a liderança da formação dois anos antes das eleições legislativas em que as pesquisas prometem uma vitória esmagadora da oposição trabalhista.
Ben Wallace
Entre os últimos favoritos, o ministro da Defesa Ben Wallace, que havia decidido não entrar na corrida para se dedicar à segurança do país, teve o nome ressoado como uma possível figura de unidade do partido.
No entanto, Wallace, de 52 anos, pareceu descartar esse cenário, garantindo ao The Times na terça-feira que queria permanecer no comando da pasta de Defesa.