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Violência xenofóbica na África do Sul deixa 10 mortos e 423 detidos

Onda de violência contra estrangeiros começou no último domingo em Johanesburgo e Pretória; pelo menos 2 dos 10 mortos eram de fora do país

Internacional|Da EFE

A concessionária do nigeriano Basil Onibo foi destruída na onda de violência
A concessionária do nigeriano Basil Onibo foi destruída na onda de violência A concessionária do nigeriano Basil Onibo foi destruída na onda de violência

Os saques e distúrbios de origem xenofóbica que vêm ocorrendo na África do Sul desde o último domingo já deixaram dez mortos e 423 detidos, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira pelas autoridades do país.

"Sabemos que pelo menos dez pessoas morreram nesta violência e que duas são estrangeiras. Não há ira, frustração e ofensa que possam justificar esses atos de destruição gratuita e de criminalidade", afirmou o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, em mensagem televisionada.

Leia mais: Por onda de violência, sul-africanos são aconselhados a ficar em casa

"Não há desculpa para os ataques a residências e empresas de estrangeiros, assim como não há desculpa para nenhum tipo de xenofobia ou qualquer forma de intolerância", destacou o mandatário, cujo país viu sua reputação ser abalada internacionalmente justamente quando sediava o Fórum Econômico Mundial para a África, na Cidade do Cabo.

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Os saques e distúrbios mais graves aconteceram no domingo e na terça-feira em diversas áreas de Johanesburgo e de Pretória.

Na tarde de hoje, a situação aparentemente é de calma, mas ontem à noite houve alguns episódios violentos no leste de Johanesburgo. As autoridades da província de Gauteng, onde fica a cidade, confirmaram hoje um total de 423 detidos por envolvimento com os incidentes.

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Os principais alvos dos ataques foram comércios gerenciados por estrangeiros, culminando em fortes críticas por parte de outros países do continente africano, instituições e personalidades.

As maiores tensões aconteceram com a Nigéria, país no qual a África do Sul teve hoje que, por precaução, fechar suas sedes diplomáticas diante de possíveis represálias da população.

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Também aconteceram protestos contra a violência xenofóbica sul-africana em países como Zâmbia e República Democrática do Congo (RDC), além de empresas sul-africanas como a telefônica MTN, a audiovisual Multichoice e a rede de supermercados ShopRite, que fecharam suas lojas em vários países.

O futebol também foi afetado por conta dos distúrbios, já que Zâmbia cancelou um amistoso contra os sul-africanos previsto para o último sábado, em Lusaka.

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