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Xangai, na China, sob segurança máxima após protestos contra política 'Covid zero'

A população foi às principais ruas do país para se manifestar em relação às medidas do governo após quase três anos de pandemia

Internacional|Do R7


Milhares de manifestantes foram às ruas da China em protesto
Milhares de manifestantes foram às ruas da China em protesto

Centenas de agentes policiais e dezenas de veículos patrulharam as ruas de Xangai nesta segunda-feira (28) à noite, após um fim de semana marcado por protestos contra a polêmica política chinesa de "Covid zero".

Depois de um incêndio mortal na cidade de Urumqi, no nordeste do país, a indignação cresce na China contra as restrições pela Covid-19, criticadas por terem retardado a ação dos bombeiros. Grandes manifestações aconteceram no domingo (27) no centro de Xangai, onde houve confrontos entre manifestantes e policiais, próximo à rua Wulumuqi.

Muitos agentes e veículos da polícia estavam presentes nesta segunda-feira nessa mesma área, na intenção de dissuadir novas tentativas de protestos, segundo comprovaram jornalistas da AFP que viram policiais prenderem quatro pessoas e libertarem uma ao longo do dia.

Na rua Wulumuqi, havia 12 viaturas policiais em um raio de 100 metros, segundo um jornalista da AFP.

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"O clima está tenso nesta noite. Há muitos policiais nesta área", disse um pedestre, que pediu para ser chamado de Taku e que explicou ter perdido o emprego em uma companhia aérea por causa da pandemia. Para ele, as manifestações foram justificadas.

"O resto do mundo voltou ao normal, mas a China continua paralisada, devido a uma política de 'Covid zero'. Esta cidade está a caminho de enlouquecer", acrescentou Taku, que espera "impacientemente que algo aconteça".

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Fotos apagadas

Outro jovem disse à AFP que a polícia perguntou especificamente se ele havia baixado aplicativos estrangeiros no telefone — uma pergunta feita a muitos outros cidadãos chineses, segundo relatos nas redes sociais.

"O ambiente é estranho, mas não me sinto em perigo", disse uma mulher de 30 anos, que trabalha como balconista e lamentou a diminuição da atividade comercial na área onde ocorreram as manifestações.

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Apesar de tudo, a noite de segunda-feira foi bastante calma. A AFP viu apenas quatro agentes chamarem a atenção de dois jovens e inspecionarem telefones celulares e câmeras antes de deixá-los ir.

Os policiais também apagaram fotos de celulares de várias pessoas na área de Wulumuqi.

"Como cidadão de Xangai, tenho o direito de gravar", disse um jovem detido brevemente por filmar uma manifestação. "Agora é assim em Xangai. Não há liberdade", lamentou.

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