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Ação do MP pede que Vale garanta segurança de oito barragens em MG

Segundo o órgão, mineradora sabia desde 2018 que as estruturas estavam em "zona de atenção"; barragem de Brumadinho também estava na lista

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Segundo MP, oito barragens da Vale estão em zona de alerta
Segundo MP, oito barragens da Vale estão em zona de alerta Segundo MP, oito barragens da Vale estão em zona de alerta

O Ministério Público de Minas Gerais entrou com uma ação civil pública na Justiça pedindo que a mineradora Vale seja obrigada a adotar medidas para garantir a segurança em oito barragens do Estado que pertencem à companhia. De acordo com o órgão, a empresa sabia, desde outubro de 2018, que 10 estruturas estavam em zona de atenção (Alarp Zone).

Entre as represas colocadas na situação de risco, está a barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, que se rompeu no dia 25 de janeiro. Até o momento, a tragédia deixou 165 mortos e 155 desaparecidos.

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Segundo o MPMG, a lista das barragens em zona de atenção foi apresentada à promotoria pela própria Vale. Os documentos foram solicitados após o colapso em Brumadinho. As seguintes estruturas fazem parte do levantamento:

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• Laranjeiras

• Menezes II

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• Capitão do Mato

• Dique B

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• Taquaras

• Forquilha I

• Forquilha II

• Forquilha

Diante da situação de risco, o MPMG pediu à Justiça tutela de urgência para que a empresa seja obrigada a apresentar um relatório, elaborado por auditoria independente, falando sobre a estabilidade das barragens.

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A ação pede, ainda, que caso seja verificada falta de condições de segurança, que a Vale adote todas as medidas necessárias para corrigir os problemas e comunicar a população que estiver dentro das áreas de alto salvamento, ou seja, em até 10 quilômetros da represa.

Também é proposto que a empresa “abstenha-se de lançar rejeitos ou praticar atividades que possam incrementar o risco nas barragens” citadas na lista.

Para caso de descumprimento das medidas, o MP pede aplicação de multa diária no valor de R$ 1 milhão.

Procurada pelo R7, a Vale reafirmou que todas as barragens da empresa possuem laudos de estabilidade. Sobre o documento citado pelo MP, a mineradora informou que trata-se de um estudo no qual geotécnicos da própria empresa reavaliam as estruturas já certificadas por auditorias externas e tem por objetivo encontrar medidas "adicionais de prevenção" . Segundo a nota, a metodologia usada é mais rígida do que os padrões previstos na legislação.

Confira a nota da Vale na íntegra.

A Vale reforça que todas as suas barragens foram certificadas e receberam laudos de estabilidade e segurança emitidos por auditorias externas e independentes. O documento citado é um estudo realizado com base em metodologia interna, na qual os geotécnicos da própria Vale reavaliam as estruturas já certificadas por auditorias externas como seguras e estáveis. Essa metodologia utiliza um padrão mais rígido que a legislação nacional e internacional vigente e, por isso, tem por objetivo prospectar medidas adicionais de prevenção.

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